terça-feira, 29 de dezembro de 2009


O ano de 2010 se aproxima. O que devemos esperar ou agir neste novo ano? A Numerologia traz sua preciosa ajuda; assim de antemão ficamos cientes de quais padrões de energia devemos focalizar a nossa atenção no decorrer do novo ano. A soma 2+0 +1 + 0 = 3 Logo conclui-se que o ano, receberá vibração do Número ( 3 ). É um número considerado da auto-expressão, comunicação, confiança, criatividade, otimismo e do bom relacionamento social. O três ( 3 ) também carrega uma energia mística de proteção espiritual muito forte. Como por exemplo o poder da Trindade, comum nos seguimentos religiosos. Poder da presença do Pai, Filho e do Espírito Santo. Na índia é simbolizado pelo mantra OM. Na Cabala, o Número 3 é correspondente a esfera da energia BINAH, quer dizer inteligência. Na geometria, o três compõe a figura do triângulo, que é perfeito, todos lados contém a mesma medida. No tarô é simbolizado pelo Arcano Maior A Imperatriz. Uma mulher de personalidade forte, inteligente, corajosa, protetora da família, fértil e também é capaz de produzir importantes transformações sociais. Neste caso, o seu intercâmbio e sua inteligência são fundamentais para o seu sucesso. Na Astrologia, o terceiro signo é Gêmeos, que é responsável pelo elemento chave a comunicação e expressão... Olhando para toda essa simbologia mística e espiritual, tenho meu palpite de como será o ano de 2010. Ou por quais caminhos teremos que conduzir a nossa energia pessoal. Não há nada de mágica, trata-se apenas de um olhar no atuante universo simbólico, no mundo das vibrações e manifestações da energia.


O ano de 2010 será favorável as mulheres, um ano de muitas conquistas sociais e de reconhecimento pelos seus feitos. Se o três (3) , simboliza a inteligência, a comunicação, a expressão, as mulheres de fato são bem habilidosas para tratarem variados tipos de assuntos.

O ano, será favorável para os assuntos da comunicação, expressão e busca do equilíbrio no convívio social. A mídia fará cada vez mais impactos nas mudanças do comportamento coletivo, nas mudanças jurídicas e na maior tolerância entre as culturas e expressão religiosa. Momentos de reflexão! Neste ano, devemos todos ser mais tolerantes as diferenças e mais expressivos , mais abertos em nossa comunicação. E devemos evitar a fofoca, falar por detrás das pessoas! Muitos projetos só sairão do papel se tiverem em comum algum trabalho de ajuda social. Nas empresas, o foco estará no trabalho em equipe, na união de mentes, na busca por idéias criativas e nas inovações. Terão mais facilidades de manter-se no mercado de trabalho as pessoas mais versáteis, abertas para as mudanças internas, geradoras de soluções criativas. Agora é preciso saber desempenhar diferentes funções e não apenas dedicar a uma única atividade!

No aspecto social; perderá aquele que for individualista e tiver dificuldade de comunicar com as pessoas ou agir de forma desonesta. Aos tímidos, sugiro trabalhar com a timidez e começar a fazer cursos de como falar e comporta-se em público e conquistar a pessoa amada, sem precisar de um cúpido de amor. Ano de intensas atividades pela web, através de sites de relacionamento. Não deixe de criar a sua página! Ano favorável para conhecer pessoas e aumentar as amizades.

Na economia pode-se esperar um crescimento no sistema de comunicação e informação- tais como: novidades tecnológicas, novas formas de ensino, avaliação e aprendizado para os estudantes.

Você terá que investir na perseverança e concentração entre metas, desejos e alcançar seus objetivos. Surgiu problemas pessoais, financeiros, emocionais, não deverá resolvê-los sozinho, aprenda a dividir com a pessoa que está ao seu lado, muitos problemas terão soluções criativas, vindas de outras pessoas, com outra visão vida. Outro aspecto importante, é aprender a confiar na providência Divina. Não importa qual seja a sua religião você tem que manter mais aberto o seu canal de comunicação com o Deus de sua compreensão,o Deus que habita no seu íntimo. E ficar atento a sua providência, aos seus sinais. Já que a trindade é composta por 3 emanações de energia.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Preces e Orações!



As preces e orações são realizadas naqueles momentos em que estamos em comunhão com o nosso "Pai Criador" ou nossos Mentores Espirituais, visando a louvação, pedido e agradecimento de graças alcançadas.

A melhor e mais eficaz prece é aquela que falamos ou dizemos através de nossos pensamentos, sentimentos e, por conseqüência, de nossas ações. Se uma imagem representa mil palavras, uma boa ação em relação ao nosso ambiente, envolvendo pessoas e coisas, representarão mil preces.

As preces devem ser ditas com aquilo que pensamos e sentimos num determinado momento, evitando alguns modelos que podem não representar efetivamente o que passamos. Mas, alguns têm, por algum motivo, dificuldade de expressar o seu pensamento e sentimento, precisando num momento inicial, de uma estrutura formatada de prece para conduzir o seu "Eu espiritual" ao "Cosmos". Não é demérito a utilização daquilo que está disponível, pois o que será mais levado em conta é o sentimento, ou melhor, a emoção colocada naquilo que está sendo verbalizado.

As vezes, especialmente quando ficamos mais maduros, devido a nossa própria formação, cremos que temos de fazer grandes elaborações, justificando-se perante ao Plano Espiritual e perdemos de vista aquela inocência e praticidade das crianças, pois quando queremos achar a melhor fórmula, perdemos de vista a intimidade das crianças com os Planos Superiores. As crianças, de forma bem simples, chegam lá! "Deus, tudo bem, obrigado pelo dia de hoje e as coisas boas que fiz hoje. Até amanhã." Simples, não? Mas a emoção colocada nestas simples palavras é que farão a diferença.

Originado numa das raízes do Movimento Umbandista da atualidade, o Catolicismo, temos um cem números de preces, que certamente é de conhecimento de quase todas as pessoas, a exemplo do Pai Nosso e Ave Maria. Devemos utilizá-las? Certamente! Pois são mais que antológicas. Expressam forças, tanto verticais, quanto horizontais. Assim, ao realizar uma prece, mesmo que percebida como "comum", coloque a sua emoção naquilo que está sendo dito e a Espiritualidade, de acordo com o seu merecimento, estará ouvindo e conduzindo para a melhor conclusão.

Não se esqueça de que prece é magia, pois se está processando a "força do verbo", num determinado momento, expressando uma vontade.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Inveja!

PAIXÃO DOS MEDÍOCRES








A inveja é uma adoração que as sombras sentem pelos homens, que a mediocridade sente pelo mérito.

É o rubor da face sonoramente esbofeteada pela glória alheia. É um humor venenoso que se expele das feridas abertas pelo desengano da própria insignificância.

Por suas forças caudinas passam cedo ou tarde, os que vivem como escravos da vaidade; desfilam lívidos de angústia, envergonhados da sua própria tristeza, sem suspeitarem que o seu ladrar envolve uma consagração inequívoca do mérito alheio. A inextinguível hostilidade dos néscios sempre foi o pedestal de um monumento.

É a mais ignóbil das torpes cicatrizes que afetam os caracteres vulgares. Aquele que inveja, rebaixa-se, sem o saber, confessa-se subalterno; esta paixão é o estigma psicológico de uma humilhante inferioridade, sentida, reconhecida.

Não basta ser inferior para invejar, pois todo homem o é de alguém, num sentido ou noutro; é necessário sofrer em conseqüência do bem alheio, da felicidade alheia, de qualquer enaltecimento alheio. Nesse sofrimento está o núcleo moral da inveja; morde o coração como um ácido; carcome-o, como caruncho; corrói como a ferrugem, ao metal.

Das más paixões, nenhuma lhe leva vantagem. Plutarco dizia - e La Rochefoucauld o repete - que existem almas corrompidas até o ponto de se vangloriarem de vícios infames; mas nenhuma ainda teve a coragem de se confessar invejosa. Reconhecer a própria inveja implicaria, ao mesmo tempo, declarar-se inferior ao invejado: trata-se de uma paixão tão abominável, tão universalmente detestada, que envergonha os mais impudidos, e se faz impossível para ocultá-la.

É surpreendente o fato de os psicólogos a terem esquecido em seus estudos sobre as paixões, limitando-se a mencioná-la como um caso particular do ciúme. Foi tão grande a sua difusão e a sua virulência, em todos os tempos, que já a mitologia greco-latina lhe atribuía origem sobre-humana, fazendo-a nascer das trevas noturnas.

O mito lhe empresta cara de velha horrivelmente fraca e exangue, com a cabeça coberta de víboras, ao invés de cabelos. Seu olhar é torvo; seus olhos fundos; os dentes negros; a língua, untada com tóxicos fatais; com uma das mãos, agarra três serpentes e, com a outra, uma hidra, ou uma teia; incuba, em seu seio, um monstruoso réptil que a devora continuamente e lhe instila o seu veneno; está esgotada; não ri; nunca o sono fecha as pálpebras sobre os seus olhos irritados. Todo sucesso feliz a aflige, ou esporeia a sua angústia; destinada a sofrer, é o verdugo implacável de si mesma.

É a paixão traidora e propícia à hipocrisia. Está para o ódio, como a gazua para a espada; empregam-na os que não podem competir com os invejados. Nos ímpetos de ódio, pode palpitar o gesto da garra que, num desesperado estremecimento, destroça e aniquila; no repto sobreptício da inveja só se percebe o rastejar tímido daquele que procura morder o calcanhar.

Teofrasto julgou que a inveja se confunde com o ódio, ou nasce dele - opinião já enunciada por Aristóteles, seu mestre. Plutarco ventilou a questão, preocupando-se com o estabelecimento de diferenças entre as duas paixões (Obras Morais, II). Diz que, à primeira vista, se confundem: parecem brotar da maldade; quando se associam tornam-se mais fortes, como duas enfermidades que se complicam. Ambas sofrem em conseqüência do bem e gostam do mal alheio; mas esta semelhança não basta para confundi-las, se prestarmos atenção às suas diferenças. Só se odeia o que se julga mal ou nocivo; ao contrário, toda prosperidade excita a inveja, como qualquer resplendor irrita os olhos enfermos.

Podem-se odiar as coisas e aos animais; só se pode invejar aos homens.

O ódio pode ser justo, motivado; a inveja é sempre injusta, pois a prosperidade não causa dano a ninguém.

Estas duas paixões, como plantas da mesma espécie, se nutrem, e se fortificam por causas equivalentes: odeiam-se mais os perversos, e se invejam mais os que merecem. Por isto, Temístocles dizia, em sua juventude, que ainda não tinha realizado nenhum ato brilhante, porque ainda ninguém o invejava.

Assim como as cantáridas prosperam nos trigais mais louros e nos rosais mais floridos, a inveja atinge os homens famosos por seu caráter e por sua virtude. O ódio não se desarma pela boa ou pela má sorte; a inveja sim.

Um sol, que ilumina perpendicularmente, do mais alto ponto do céu, reduz a nada, ou a muito pouco, a sombra dos objetos que estão em baixo: assim, observa Plutarco, o brilho da glória apouca a sombra da inveja, e a faz desaparecer.

O ódio que injuria e ofende, é temível; a inveja que cala e que conspira, é repugnante. Certo livro admirável diz que ela é como as cáries dos ossos; esse livro é a Bíblia, com certeza, ou deveria sê-lo.

As palavras mais cruéis, que um insensato lança ao rosto, não ofendem a centésima parte do total da ofensa produzida pelas palavras que o invejoso vai semeando constantemente, às escondidas; este ignora as reações do ódio, e expressa o seu inquinamento balbuciando, incapaz que é de se encrespar em ímpetos viris; dir-se-ia que a sua boca está amargada por fel que ele não consegue expelir, nem engolir. Assim como o azeite apaga a cal, e aviva o fogo, o bem recebido reprime o ódio nos espíritos nobres, e exaspera a inveja nos indignos. O invejoso é ingrato, como o sol é luminoso, como a nuvem é opaca, e como a neve é fria: naturalmente.

O ódio é retilíneo, e não teme a verdade; a inveja é tortuosa e elabora a mentira. Sofre-se mais invejando, que odiando; como estes tormentos enfermiços, que se tornam horrorosos noite, ampliados pelo pavor das trevas.

O ódio pode ferver nos grandes corações; pode ser justo e santo; é assim muitas vezes, quando quer destronar a tirania, a infâmia, a indignidade.

A inveja pertence aos corações pequenos. A consciência do próprio mérito suprime qualquer pequena vilania: o homem que se sente superior, não pode invejar, e o louco feliz, que vive com o seu delírio de grandeza, também não sabe invejar. Seu ódio está de pé e ataca pela frente.

César aniquilou Pompeu, sem rastejar; Donatélio venceu, com seu "Cristo", o velho Brunelleschi, sem se rebaixar; Nietzsche fulminou Wagner sem invejá-lo. Assim como a genialidade pressente a glória, e dá, aos seus predestinados, certos ademanes apocalípticos, a certeza de porvir obscuro transforma os medíocres em míopes e répteis. Por isso, os homens sem mérito continuam sendo invejosos, mesmo apesar dos êxitos continuam sendo invejosos, mesmo apesar dos êxitos obtidos pela sua sombra mundana, como se uma voz interior lhes gritasse que os usurpam, sem merecê-los. Essa consciência da sua mediocridade é um tormento: compreendem que só podem permanecer nas alturas, impedindo que outros chefes cheguem até eles e os descubram. A inveja é uma defesa das sombras contra os homens.

Com as distinções enunciadas, os clássicos aceitam o parentesco entre a inveja e o ódio, sem confundir ambas as paixões. Convém subtilizar o problema, distinguindo outras que se aprecem: a emulação e os zelos.

A inveja, sem dúvida, tem suas raízes, como eles, numa tendência afetiva, mas possui caracteres próprios, que permitem diferenciá-la. Inveja-se o que os outros já têm e o que se desejaria ter, sentindo que o próprio é um desejo sem esperança; tem-se a emulação em relação a alguma coisa que os outros também anelam com possibilidade de atingí-la.

Um exemplo tomado das mais notórias fontes ilustra a questão. Invejamos a mulher que o próximo possui e nós desejamos, quando sentimos a impossibilidade de disputar. Zelamos a mulher que nos pertence, quando julgamos incerta a sua posse e tememos que outros possam compartilhar dela, ou roubá-la. Disputamos os seus favores, em nobre emulação, quando temos a possibilidade de os conseguir, em igualdade de condições, com outro que a eles aspira.

A inveja nasce, pois, do sentimento de inferioridade em relação ao seu objeto. Os zelos derivam do sentimento da posse comprometida. A emulação surge do sentimento de potência que acompanha que acompanha toda nobre a formação da personalidade.

Por deformação da tendência egoísta, alguns homens estão naturalmente inclinados a invejar os que possuem tal ou tal superioridade por eles desejada em vão: a inveja é maior, quanto mais impossível se considera a aquisição do bem cobiçado. É o reverso da emulação; esta é uma força propulsora e fecunda, ao passo que aquela é uma peia que trava e esteriliza os esforços do invejoso. Bartrina bem compreendeu isto, na sua admirável quintilha:

La envidia y la emulación

parientes dicen que son:

aunque en todo diferentes,

al fin también son parientes

el diamante y el carbón.

A emulação é sempre nobre: o próprio ódio pode ser nobre, algumas vezes. A inveja é uma covardia própria dos débeis, um ódio impotente, uma capacidade manifesta de competir ou de odiar.

O talento, a beleza, a energia, desejariam ver-se refletidos em todas as coisas, e intensificados em inúmeras projeções; a estultícia, a fealdade e a impotência sofrem mais pelo bem alheio do que pela própria desdita. Por isso, toda superioridade é admirativa, e toda subjacência é invejosa. Admirar é sentir-se crescer na emulação com os maiores.

Um ideal preserva da inveja.

Aquele que ouve ecos de vozes proféticas, ao ler os escritos dos grandes pensadores; aquele que sente gravar-se em seu coração, com caracteres profundos como cicatrizes, e seu clamor visionário e divino; aquele que se extasia, contemplando as supremas criações plásticas; aquele que sente íntimos calafrios, em face das obras-primas acessíveis ao seu sentido, e se entrega à vida que nelas palpita, e se comove até que seus olhos se encham de lágrimas, e o coração irrequieto seja arrebatado por febres de emoção; aquele - tem um nobre espírito, e pode alimentar o desejo de criar coisas tão grandes, como as que sabe admirar.

Toda a psicologia da inveja está sintetizada numa fábula, digna de ser incluída nos livros de leitura infantil. Um sapo ventrudo coaxava em seu pântano, quando viu resplandecer, no ponto mais alto de uma rocha, um vaga lume. Pensou que nenhum ser tinha o direito de revelar qualidade que ele próprio jamais poderia possuir. Mortificado pela impotência, saltou até o local onde estava o vaga lume, e o cobriu com o seu dentre gelado. O inocente vagalume ousou perguntar-lhe: "Por que me cobres"? E o sapo, congestionado pela inveja, só conseguiu interrogar por sua vez: "Por que brilhas?”.

P.S: A TEA e seus templos afiliados luta constantemente contra esse câncer da alma e lamenta quando os esforços a combater esse mal não surtem efeitos nas pessoas. Cada qual tem um karma, um caminho, uma estrada. Que o astral superior os ilumine hoje e sempre.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lei de Salva!

LEI DE SALVA!




A Lei de Salva é tão antiga quanto o uso da Magia. Existe desde que a humanidade nasceu.

Os magos do passado jamais se descuidaram de sua regra, ou seja, da lei de compensação que rege toda ou qualquer operação mágica, quer seja para empreendimentos de ordem material, quer implique em benefícios humanos de qualquer natureza, especificamente nos casos que são classificados na Umbanda como de demandas, descargas, desmanchos, etc. Dessa Lei de salva ou regra de compensação, dos primitivos magos ou sacerdotes egípcios a denominação de Lei de Amsra...

Nenhum magista pode executar uma operação mágica tão somente com o pensamento e “mãos vazias” – isto é, sem os elementos materiais indispensáveis e adequados aos fins...

Qualquer ato ou ação de magia propriamente dita requer os materiais adequados, sejam eles grosseiros ou não. Vão dos vegetais ás flores, aos perfumes, aos incensos, às plantas aromáticas, das águas dessa ou daquela procedência até ao sangue do galo ou do bode preto.

A questão é definir o lado: - ou é esquerda ou é direita, negra ou branca.

Ora, como toda ação mágica traz sua reação, um desgaste, uma obrigação ou uma responsabilidade e uma conseqüência imprevisível (em face do jogo das forças movimentadas) é imprescindível que o médium magista esteja a coberto ou que lhe seja fornecida a necessária cobertura material financeira a fim de poder enfrentar a qualquer instante possíveis condições...

Então é forçoso que tenha uma compensação. Aí entra a chamada Lei de Salva ou simplesmente a SALVA.

Mesmo porque, todo aquele que dentro da manipulação das forças mágicas ou de magia, dá, dá e dá sem receber nada, tende fatalmente a sofrer um desgaste, pela natural reação de uma lei oculta que podemos chamar de vampirização fluídica astral, que acaba por lhe enfraquecer as forças ou as energias psíquicas...

E naturalmente a regra dessa Lei de Salva se baseia no senso de honestidade: “de quem tem peça três, tire dois e dê um a quem não tem; e de quem não tem nada peça e dê o seu próprio vintém”...

É claro que essa Lei de Salva ou de compensação, própria e de uso exclusivo em determinados trabalhos de magia, não pode ser aplicada em todos os “trabalhinhos” corriqueiros que se pretenda ser de ordem mágica.

Pra isso, só quem pode manipular a magia da esquerda e da direita, na Umbanda, é o médium magista (e naturalmente as entidades – Caboclos e Preto-Velhos e outros, também quando outorgados ou capacitados para isso). E já definimos como ele é, porque “todo operário é digno de seu salário”.

Já o próprio kardec reconhecia algo sobre a função mediúnica retribuída, mesmo levando-se na devida conta que, por lá, os trabalhos de certos médiuns não abrangiam um âmbito mágico propriamente considerado, quando fez, após uma serie de ponderações de ordem moral sobre o papel do médium, a seguinte observação, muito positiva até: - Postas de parte essas considerações morais, de nenhum modo contestamos a possibilidade de haver médiuns interesseiros, se bem que honrados e conscienciosos, portanto há gente honesta em todos os ofícios. Apenas falamos do abuso. Mas é preciso convir, pelos motivos que expusemos em que mais razão há para o abuso entre os médiuns retribuídos, do que entre os que, considerando uma graça as faculdades mediúnicas, não a utilizam senão para prestar serviço.

O grau de confiança ou de desconfiança que se deve dar a um médium retribuído depende, antes de tudo, da estima que infundam seu caráter e sua moralidade, além das circunstancias. O médium que, com um fim eminentemente sério e útil, se achasse impedido de empregar o seu tempo de outra maneira e, em conseqüência, se visse exonerado, não deve ser confundido com o médium especulador, com aquele que premeditadamente faça da sua mediunidade uma indústria. Conforme o motivo e o fim podem, pois, os Espíritos condenar, absolver e até auxiliar. Eles julgam mais a intenção do que o fato material.

Bem, um médium magista de fato, compenetrado de suas responsabilidades e bastante tarimbado nas lides da magia, sabe que a qualquer momento, pode estar sujeito a enfrentar os choques do astral inferior que ele combateu, mesmo porque, de tempos em tempos, precisa, inapelavelmente, refazer energias, tudo a par com certas afirmações ou preceitos especiais que sua atividade astral, espiritica e mágica requer, além de ter sempre que se pautar por um sistema de alimentação especial e uma exemplar conduta sexual, bem como, pelo menos uma vez por ano, se afastar para o campo, para haurir os ares da pura natureza vegetal.

Por tudo isso ele pode aplicar a Lei de salva, que faculdade que lhe foi dada, de ser compensado nesses gêneros de trabalhos.

Enquanto se conservar ele cônscio desses direitos, e cônscio também do equilíbrio da regra, tudo está certo e tudo lhe correrá bem...

Mas o que tem acontecido a muitos? Começam abusando da regra da Lei de Salva, começam a cobrar em demasia, já sem levar na devida conta quem tem mais ou quem tem menos, sem destinar coisa alguma a obras de caridade, deixando-se dominar pela ganância. “Passam até a inventar que tudo é magia negra e que os que os vão procurar, para qualquer serviço ou com uma mazela qualquer, estão “magiados” e arrancam o dinheiro ‘a torto e a direito”, a ponto de, para manter tal situação, ter que derivar para a magia negra mesmo...

Nessa altura – é lógico – já escorregaram para a exploração e já devem estar conscientes de que a qualquer instante podem entrar na “força da pemba porque erraram”, continuam errando, infringindo as regras da magia, da qual também são (dentro de seu grau), um guardião...

É triste vermos como a queda desses verdadeiros médiuns magistas é vergonhosa, desastrosa até...

Começa a acontecer cada uma a esses infelizes!

Desavenças no lar, separações, amigações, neuroses, bebida, jogo e uma série de “pancadarias” sem fim, inclusive o desastre econômico, com a perda do meio de vida regular que tenha, e no final de tudo, verdadeiros trapos-humanos, atiram-se à sarjeta...

Mas não devemos confundir os casos de decadência com essa coisa que anda por aí, generalizada como “umbanda”, com seus “terreiros” onde se pratica de tudo, onde todo mundo é “médium”, babalaô, etc.; fazem e desfazem, quer por vaidade e muito mais por ignorância e fanatismo.

Nem todos os Médiuns de umbanda são magistas, nem todos receberam essa condição especial, essa outorga...

Diremos mais: nem todos os caboclos e Preto-Velhos e outros tem também essa outorga ou essa ordenação, esse direito de lidar com as forças mágicas ou de magia...

Surpreso, irmão umbandista? Pois bem, nem todos os protetores da Corrente de Umbanda estão no grau de Guias e de outros mais elevados.

A maioria é de protetores auxiliares, que ainda não subiram á condição daqueles, isto é, de serem aceitos ou filiados á Corrente Branca dos Magos do Astral.

O que lhes estará faltando para isso?

A competência exigida? A experiência indispensável? A sabedoria adequada? Os segredos da ciência mágica? Uma complementação de ordem cármica?

Talvez tudo isso, ou parte disso, para poder entrar nessa citada ordenação. O fato é que nem todos os Caboclos, Preto-Velhos, etc... Tem as ordens e os direitos de trabalho para entrar com as leis da Magia na órbita mediúnica de uma criatura médium de Umbanda...

Por isso é que eles se definem logo, no principio positivo de suas manifestações, dizendo: - trago esta ou aquela ordem posso fazer isto ou aquilo; vou trabalhar dentro de tal ou qual limite, etc...

Agora, se o médium, por conta própria, influenciado pelo que ouve e vê dos outros, e para que não o julguem mais fraco, começa a fazer aquilo que não deve, ou a querer botar a mão onde não alcança fiado na sua simples cobertura mediúnica, está errado, vai-se embaralhar, vai-se perder.

É bom lembrarmos, com relação ao exposto, que cada qual usa de seu livre arbítrio como quer; nem Jesus pode limitar o exercício do livre arbítrio de uma criatura, pois esse foi reconhecido por Deus, já na condição de ser LIVRE, desde o principio carmico desta via de evolução, até o fim – por toda a eternidade.

Somente Ele – Deus – que está acima de toda ou qualquer Lei, é que sabe por que assim foi assim é assim será.

E como arremate nesses fundamentos: - um médium de Umbanda pode não ter o grau ou a condição de magista (ser apenas um simples veículo dos protetores auxiliares, e nesse caso está fora de cogitação que possa ter na sua órbita mediúnica um guia magista), estar dentro somente dos poderes inerentes a seu mediunato, e ter entre seus protetores mais elevados um guia, caboclo ou Preto-velho, possuidor da Ordenação mágica ou de magia.

Então, esse protetor, esse guia pode - é claro – executar através do médium qualquer espécie de trabalho mágico, o que independe do livre arbítrio do seu médium e de sua condição de ser ou não ser magista.

Apenas a salva, para a entidade de guarda do dito médium, fica sempre, a critério da entidade, que geralmente não pede essa compensação em dinheiro – ou pede velas, óleo ou azeite para iluminação do “congá” ou outro elemento qualquer que julgue suprir essa injunção.

E ainda quanto aos materiais usados na operação mágica ou trabalho, é ainda a própria entidade do médium que costuma pedir ou indicar, pois é ela quem vai operar ou executar.

Finalmente, o que desejamos que fique bastante claro aqui é o seguinte: o médium que não é magista de berço ou que não conseguiu adquirir essa condição não tem autoridade para fazer trabalhos de magia por conta própria, pretendendo usar para seu proveito a Lei de Salva, fiado no seu protetor ou guia que é mago. Não!

Ele não lhe dará cobertura para esse fim; essa entidade não pode arriscar-se a infringir a Lei que rege o assunto, mesmo porque não costuma acobertar a insensatez ou a ganância do médium e muito menos a sua teimosia, pois, para isso, já deu as diretrizes que ele – médium – deve seguir desde o principio.

Em suma: - trabalhos de Magia, por conta própria, dentro da Lei de Salva, só pode manipular o genuíno médium magista que está outorgado, capacitado para isso; tem ordens e direitos de trabalho e, consequentemente, enquanto obedecer às regras da lei da magia, mormente nas cobranças legais da salva, tem toda cobertura para tudo que fizer.

Fora disso é insensatez, é ignorância, é ousadia, é exploração, é vaidade ou é qualquer coisa que se queira ostentar ou pretender, mas, nunca, o uso de um direito que só tem quem pode...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Feitura de Santo! (Relato de Vovó Catarina).

Feitura de Santo! (Relato de Vovó Catarina)!



Os Cultos Afro-Brasileiros utilizam em seus rituais o método de preparação do individuo ao chamado ritual de “santo”. Ele se recolhe por um período, mais ou menos longo, numa “camarinha”, espécie de cômodo onde ele fica recluso, conforme a nação do Candomblé, ou seja, Gêge, Ketu, Angola ou outra. Durante o período de reclusão, o filho-de-santo vai estreitando os laços fluídicos com o elemento dominado por seu Orixá, ou seja, se for Oxossi o orixá do filho, ele assimila o magnetismo das folhas e matas, pois no Candomblé, Oxossi é considerado o responsável por essa parte da natureza, e assim por diante; se for Oxum, assimila as energias das fontes das águas doces; se iemanjá, das águas salgadas, embora seja isso muito deturpado nos terreiros que mantém tais rituais. Passado o período que o culto exige, é realizada a raspagem do cabelo para se fazer a parte final. Apanha-se uma pedra, que nesses cultos é chamada de otá, por processos normalmente conhecidos pelo pai ou pela mãe-de-santo. A força corresponde ao orixá é magnetizada nesse otá e na cabeça do filho-de-santo, e, em alguns casos, é feita uma pequena abertura no alto da cabeça, mais ou menos no lugar que corresponde ao chacra coronário. Aí é fixada a força do santo ou orixá, que passa a ter domínio sobre quem se submete a ele. Ma o que nem todos sabem é que, quando se realiza a matança de animais e se derrama o sangue sobre o otá, ou pedras sagradas dos candomblés, atraem-se energias pesadas e entidades primitivas que se alimentam desse energismo primário, como vampiros.

À medida que, mensalmente, se vão alimentando essas entidades com energias animalizadas e fluido vital de animais sacrificados, vai-se criando um elo mais forte entre o filho do orixá e essas forças astrais que se utilizam de tal energia. Estreita-se o laço de união e a dependência entre ambos, criando-se uma egrégora doentia, mórbida e de baixíssima vibração, que cada vez mais quer ser atendida em seus pedidos grosseiros. Tem inicio ai a magia negra, com seus rituais sombrios que tem feito muitas vitimas pelo mundo afora.

Mas o processo não termina ai. Quando o tal filho-de-santo desencarna, encontra-se prisioneiro dessas entidades que se manifestavam como santos ou orixás; passa a ser presa deles nas regiões pantanosas do além-túmulo. Em processos difíceis de descrever, inicia-se um intercâmbio doentio de energias entre os dois, e posso lhe afirmar – se não fosse pelos caboclos e pretos velhos, auxiliados pelos guardiões na tarefa abençoada de resgatar esses filhos, dificilmente os pobres se veriam livres da simbiose espiritual que lhes infelicita a existência deste lado da vida. Às vezes por anos ou séculos, mantêm-se prisioneiros nas garras de entidades perversas e atrasadas, que, quando encarnadas, alimentaram com o sangue de animais inocentes e outras exigências esdrúxulas de espíritos que deles se aproveitavam.

Os pântanos dos subplanos astrais se encontram cheios de criaturas que são vampirizadas por maltas de espíritos alimentados nos ebós e despachos realizados em matas, cachoeiras e encruzilhadas da Terra. Choram amargamente ou têm seus túmulos constantemente visitados e desrespeitados por essas entidades, com quem na vida física compactuaram. Por ai podemos ter uma idéia do trabalho que os pretos velhos e os caboclos da Umbanda têm para o resgate dessas almas infelizes. É uma tarefa que muitas vezes os nossos irmãos Kardecistas não podem realizar, pois trabalham com fluidos mais sutis e desconhecem certos segredos ou certos detalhes que envolvem os dramas de filhos, pais e mães-de-santo desencarnados, ou seja, somente quem já teve experiência nessa área poderá ajuizar melhor e socorrer mais eficazmente esses irmãos sofredores.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Woodrow Wilson da Matta & Silva - Vô Matta!


Woodrow Wilson da Matta e Silva nasceu em Garanhuns, Pernambuco, em 28 de julho de 1917. Veio pra o Rio de Janeiro aos 5 anos de idade. Entre 12 e 13 anos passou a viver fenômenos pré-mediunicos (visões). Sua primeira manifestação mediúnica ocorreu aos 16 anos com a incorporação de Pai Cândido. Nessa época, era auxiliar de redação de um periódico carioca e morava no centro do Rio de Janeiro, numa república perto da Light.


Todas as quintas-feiras realizava pequenas sessões, junto de Pai Cândido, para atender a comunidade da república. Muitas vezes fazia programas para quinta-feira, porém Pai Cândido se manifestava mostrando ao médium a sua tarefa para com o ser humano, que aguardava a quinta-feira para ser atendido.

Aos 17 anos começou a visitar vários terreiros de Umbanda em busca de um lugar para trabalhar. Pai Cândido, no entanto, pedia paciência e lhe dizia que iria ter o seu próprio terreiro.

Aos 21 anos foi morar na Pavuna onde montou seu primeiro Terreiro (pequenino como sempre). A partir de 1954, Pai Guiné começa a direcionar sua vida mediúnica. Nessa época, recebe desse “Preto-velho” a mensagem “Sete Lágrimas de Pai Preto”, que seria um dos marcos da renovação da Doutrina Umbandista.

Mostra a realidade do dia-a-dia de um Terreiro e as diferentes consciências que a ele vão, em busca de auxilio espiritual.

Nesse ano passou a escrever para o Jornal de Umbanda (já citado anteriormente) localizado à Rua Acre, 47 – 6º andar – sala 608.

Iniciou também a obra que viria a transformar as coisas da Umbanda de todos Nós. Nessa época teve várias visões mediúnicas (transes) em que se via um Velho Payé que folheava um grande livro e junto dele, um Colegiado de Mentores Espirituais que discutiam da oportunidade do lançamento do livro. Decidiu-se então, que o momento era chegado e, em 1956, essa portentosa obra era trazida a público.

Umbanda de Todos Nós foi lançada em edição paga pelo próprio autor, através da Gráfica e editora esperanto, a qual se situava na época, à Rua General Argolo, 130, Rio de Janeiro. A primeira edição saiu com 3.5000 exemplares e rapidamente se esgotou. A partir da segunda edição a obra foi lançada pela Livraria Freitas Bastos, a mesma que até hoje reedita suas obras.

Umbanda de Todos Nós agradou a milhares de umbandistas, que nela encontraram os reais fundamentos em que se poderiam escudar, mormente nos aspectos mais puros da Doutrina Umbandista. Por outro lado, este livro incomodou muita gente encarnada e desencarnada ligada ao baixo astral, principalmente os pseudo-líderes umbandistas daquela época e de todas as épocas, interessados na venda de ilusões e outras coisas.

O combate incessante sobre a obra serviu apenas para promovê-la. Esse fato desencadeou a fúria dos seus inimigos que passaram a atacar Matta & Silva através de baixa magia. Nessa luta astral, as Sombras e as Trevas utilizou-se de todos os meios agressivos e contundentes que possuíam, arrebanhando para suas fileiras de ódio e discórdia tudo o que de mais nefando e trevoso encontrassem, quer fosse encarnado ou desencarnado.

Essa perseguição atingiu sua esposa e seus filhos Ubiratan e Eluá. Muitas vezes sentiu-se balançar. Mas não caiu. A maioria de seus perseguidores recebeu segundo a Lei... Esses fatos causaram muita decepção ao Mestre, que recebeu permissão do astral para um pequeno recesso afim de restabelecer suas forças.

Várias vezes o Mestre comentou que só não tombou porque Oxalá não quis... Após o recesso, o Pai guiné assumiu toda a responsabilidade pela manutenção e reequilibrio astrofísico de seu Filho, para logo orientá-lo na escrita de mais um livro. Através da Editora Esperanto lançou umbanda – Sua Eterna Doutrina, que aborda conceitos esotéricos e metafísicos nunca expostos. Esta obra agradou em cheio aos estudiosos e intelectuais, porém passou um pouco desapercebida pela grande massa umbandista da época, inclusive aos seus “lideres”.

Para complementar e ampliar os conceitos tratados em Sua Eterna Doutrina, Matta e Silva lançou, pouco tempo depois, a obra Doutrina Secreta da Umbanda que também agradou a milhares de umbandistas.

Apesar de suas obras serem lidas e estudadas pelos adeptos e estudiosos do Ocultismo, seu Santuário em Itacuruçá era freqüentado pelos simples e humildes que nem desconfiavam ser o Velho Matta um escritor de renome no meio umbandista.

Em seu santuário junto à natureza, Matta e Silva escreveu outra de suas importantes obras chamada: Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de um Preto-Velho, obra mediúnica que apresenta um diálogo edificante entre um Filho-de-Fé, Cícero (Cícero Faria de Castro, médico e estudioso) e a Entidade espiritual que se diz Preto-velho (Pai Guiné). Esta obra apresenta uma maior facilidade de entendimento para grande parte dos umbandistas.

A Choupana do Velho Guiné, em Itacurussá estava lotada quase todos os dias. Lá eram atendidas pessoas de Itacuruçá e das mais longínquas regiões do Brasil. Lá, os dramas do ser humano eram tratados á Luz da Razão e da Caridade. Durante 10 anos o Velho Matta atendeu pessoas da região e das ilhas próximas, ministrando remédios da flora local e alopatias simples que ele mesmo comprava quando ia á cidade do Rio de Janeiro.

Seguindo sua tarefa missionária, Matta e Silva escreveu sua quinta obra com o título de: Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda que relata de forma simples e objetiva as raízes míticas da Umbanda, aprofundando-se no sincretismo dos Cultos Afro-Brasileiros. Em seguida surge à sexta obra chamada Segredos da Magia da Umbanda e Quimbanda que aborda a magia Etéreo-Física e revela de maneira simples e prática determinados rituais seletos da Magia de Umbanda.

Sua sétima obra, Umbanda e o Poder da Mediunidade explicam como e porque ressurgiu a Umbanda no Brasil, mostrando as verdadeiras origens da Umbanda. Explica ainda, ângulos importantíssimos da Magia.

Muitos pedidos dos simpatizantes e adeptos de suas obras fizeram com quem Matta e Silva lançasse em 1969, o livro que sintetizava e simplificava os sete anteriores. Esse livro recebeu o nome de: Umbanda do Brasil e esgotou-se em seis meses. Em 1975, o Grande Mestre lançava sua última obra com o nome de Macumbas e Candomblés na Umbanda. Esse livro registra as vivências místicas e religiosas dos chamados Cultos Afro-Brasileiros, mostrando os graus consencionais dos adeptos e praticantes dos vários níveis da Umbanda Popular.

Para facilitar o estudo de suas obras, Matta e Silva as classificou da seguinte maneira:

1º grau – Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda;

2º grau – Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de um Preto-Velho;

3º grau – Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda;

4º grau – Umbanda e o Poder da Mediunidade;

5º e 6º graus – Umbanda de Todos Nós;

7º grau – Sua Eterna Doutrina e Doutrina Secreta da Umbanda.

Segundo a Sagrada Corrente Astral da Umbanda, seus livros levarão mais de 50 anos para serem completamente assimilados e colocados em prática. As obras de Matta e Silva preparam, ajustam e apontam para a Umbanda do 3º milênio.

Segundo alguns relatos conta que ele era muito humano e totalmente avesso ao endeusamento e a mistificação de sua pessoa. Era muito sensível e de personalidade firme, acostumado que estava a enfrentar os embates da própria vida... Era inteligentíssimo! Tinha os sentidos aguçadíssimos...Mas era um profundo solitário, apesar de cercarem-no centenas de pessoas. Seu Espírito voava, interpenetrando em causas o motivo das dores, sofrimentos e mazelas várias...

A todos tinha uma palavra amiga e individualizada. Não tratava casos, tratava Almas... e, como tal, tinha para cada pessoa uma forma de agir, segundo o seu grau consciencional próprio!

Sua cultura era exuberante, mas sem perder a simplicidade e originalidade. De tudo falava, era atualizadíssimo nos mínimos detalhes... Discutia ciência, política, filosofia, arte, ciências sociais, com tal naturalidade que parecia ser Mestre em cada disciplina. E era!...

No mediunismo era portentoso.. Seu pequeno copo da vidência, parecia uma televisão tridimensional. Em conjunto simbiótico. Com Pai guiné ou Caboclo Jurema, trazia-nos mensagens relevantes e reveladoras, além de certos fenômenos mágicos. Seu santuário denominava-se TENDA DE UMBANDA ORIENTAL (T.U.O.) verdadeira Escola de Iniciação de Umbanda Esotérica de Itacurussá, na Rua Boa Vista, 177 no bairro Brasilinha.

Itacurussá significa “A TERRA DA PEDRA DA CRUZ SAGRADA”, e neste local privilegiado pela natureza, se localiza a Tenda de Umbanda Oriental em humilde prédio de 50 m2. Sua construção, simples e pobre, era limpa e rica em assistência astral. Era a verdadeira Tenda dos Orixás.

Durante 50 anos de mediunidade, Matta e Silva nunca se curvou aos ataques dos encarnados e desencarnados do baixo astral. Sua palavra e sua pena foram armas fiéis defensoras da verdadeira Umbanda. Com elas (verdadeiros chicotes) vergastou o vigarismo organizado, os vendedores do “conto do orixá”, os vaidosos mistificadores e os fanáticos que proliferam no meio umbandista.

O “Velho Matta” desencarnou em 17 abril de 1988, em Jacarepaguá. Durante 25 anos visitou mais de 600 Terreiros para poder relatar, em suas obras, o que se passava no seio do Movimento Umbandista. Trouxe à Luz a Umbanda Esotérica que, infelizmente, é praticada na atualidade por poucos Terreiros, mas que, segundo o Astral Superior, se instalará definitivamente no meio umbandista a partir deste milênio.

Do astral ou encarnado, Matta e Silva continuará a sua grandiosa tarefa em prol do ressurgimento do AUMBANDAM.

Amigos, se você pensa que a Umbanda de verdade é essa manifestação ruidosa da massa, que grita, baba, bebe, berra e se contorce de charutão e cigarro de palha na boca, ao som ensurdecedor dos atabaques (ótimos veículos para estimular o animismo vicioso), não leia as obras de Matta e Silva porque sua decepção será muito grande. Porém, se o grau consciencional lhe permite ver adiante e saber que a verdadeira Umbanda está acima de tudo isso, chegou o momento de adquirir as obras do “Velho e Sábio Mestre’ e começar a levantar os véus da SENHORA DA LUZ VELADA”.

Apesar de não termos encontrado na presente encarnação, agradeço ao Astral por ter permitido que eu conhecesse as suas obras e o seu filho Jairo Nilton Pinto de Souza. Espero ser um digno divulgador dos vossos portentosos conhecimentos.



SARAVÁ, AVÔ MATTA!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009


Escrever sobre Umbanda sem citarmos Zélio Fernandino de Moraes é praticamente impossível. Ele, assim como Allan Kardec, foram os intermediários escolhidos pelos espíritos para divulgar a religião aos homens.


Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo - Rio de Janeiro. Aos dezessete anos quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade. A princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, médico psiquiatra e diretor do Hospício da Vargem Grande. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram então também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado.

Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: "Amanhã estarei curado”.

No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio. Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade.

O Pai de Zélio de Moraes Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita, já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita. No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói. Chegando à Federação e convidados por José de Souza, dirigentes daquela Instituição sentaram-se a mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde se realizava o trabalho. Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos. Advertidos pelo dirigente do trabalho a entidade incorporada no rapaz perguntou:

“- Porque repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Seria por causa de suas origens sociais e da cor?”

Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:

“- Porque o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?”

Ele responde:

“- Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."

O vidente ainda pergunta:

“- Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?”

Novamente ele responde:

“-Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei.”

Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.

No dia 16 de novembro de 1908, na Rua Floriano Peixoto, 30 – Neves – São Gonçalo – RJ, aproximando-se das 20h00min horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita, parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente as 20h00min horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:

“-Aqui se inicia um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A pratica da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo”.

Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamaria Umbanda.

O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:

"- Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem nas horas de aflição, todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai.”

Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão.

O caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que havia neste local, praticando suas curas.

Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras:

"- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá",

Após insistência dos presentes fala:

"- Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo".

Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:

“- Minha caximba.,nêgo que o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá".

Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de "Guia de Pai Antonio”.

No outro dia formou-se verdadeira romaria em frente a casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns que eram dados como loucos foram curados.

A partir destes fatos fundou-se a Corrente Astral de Umbanda.

Após algum tempo manifestou-se um espírito com o nome de Orixá Malé, este responsável por desmanchar trabalhos de baixa magia, espírito que, quando em demanda era agitado e sábio destruindo as energias maléficas dos que lhe procuravam.

Dez anos depois, em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas recebendo ordens do astral fundou sete tendas para a propagação da Umbanda, sendo elas as seguintes:

Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia;

Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição;

Tenda Espírita Santa Bárbara;

Tenda Espírita São Pedro;

Tenda Espírita Oxalá;

Tenda Espírita São Jorge;

Tenda Espírita São Jerônimo.

As sete linhas que foram ditadas para a formação da Umbanda são: Oxalá, Iemanjá, Ogum, Iansã, Xangô, Oxossi e Exu.

Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das acima mencionadas.

Zélio nunca usou como profissão a mediunidade, sempre trabalhou para sustentar sua família e muitas vezes manter os templos que o Caboclo fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitara ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele.

O ritual sempre foi simples. Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou quaisquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje.

As guias usadas eram apenas as determinadas pelas entidades que se manifestavam.

A preparação dos médiuns era feita através de banhos de ervas e do ritual do amaci, isto é, a lavagem de cabeça onde os filhos de Umbanda afinizam a ligação com a vibração dos seus guias.

Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia, as quais até hoje os dirigem.

Mais tarde junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, município de Cachoeira do Macacú – RJ. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu. Faleceu aos 84 anos no dia 03 de outubro de 1975.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Umbanda e sua História!




A Umbanda teve sua origem há milhares de anos. Sua origem remonta aos tempos da Lemúria. A Lemúria foi um continente que abrangia as Américas e a África, juntas, é claro...

No continente da Lemúria, em seu centro, onde hoje é o Planalto Central Brasileiro, surgiu ou foi revelada a Umbanda. Essa Umbanda era o CONHECIMENTO INTEGRAL. Era a Religião, a Filosofia, a Ciência e as Artes reunidas em um único bloco de conhecimento. Realmente, os Lêmures eram adiantadíssimos, e receberam a revelação da UMBANDA, a RELIGIÃO-PRIMEVA. Muitos pesquisadores espiritualistas respeitabilíssimos atestam a Tradição da Pura raça Vermelha na Lemúria. Atestam também que na Lemúria tivemos a visita de “extraterrenos”, (Seres Espirituais que deixaram de encarnar em seus planetas originais e iniciaram suas encarnações no planeta Terra. Como exemplo, poderemos citar muitos Seres Espirituais de Marte, Vênus, Júpiter e Saturno. Repetimos, encarnaram como terrenos e não vieram em discos voadores ou outros processos. O processo foi o do encarne comum a todo terráqueo), os quais teriam REVELADO a Umbanda.

A civilização que sucedeu a Lemuriana foi a Atlante, também citada por conceituados autores espiritualistas. A civilização atlante foi poderosa, mas, por vários motivos, entre eles o orgulho, a vaidade e o egoísmo, foram dizimados. Nesse período negro da civilização atlante, a Umbanda começou a se fragmentar e a se deturpar. Era na época a única Religião-Ciência da humanidade. Ao fragmentar-se, em plena Atlântida, daria origem às religiões, ciências, filosofias e artes de todos os tempos. Era a Umbanda a Religio-Vera, a Primeva Religião que, ao ser deturpada, corrompida e fragmentada, deu origem a todas as religiões. Na verdade, todas as outras religiões surgiram das deturpações da Umbanda, que se iniciou em plena Atlântida.

Dissemos que tanto na Lemúria como na Atlântida a Umbanda era a RELIGIÃO-UMA, e era ensinada a todos pela Pura raça Vermelha, a primeira raça a habitar o planeta Terra.

Após dizermos da supremacia da Pura Raça Vermelha, da qual os indígenas brasileiros e mesmo os norte-americanos são seus remanescentes, penetremos no âmago da História da Umbanda até o seu ressurgimento, em pleno Brasil do século XIX, entre os anos de 1888 e 1889.

Antes de entendermos como a umbanda RESSURGIU no solo em que um dia havia surgido, ou seja, aqui no Brasil, observemos outros povos que, em resquícios, também guardaram Fundamentos sobre a Umbanda, a qual era ensinada a raríssimos iniciados nos Templos de Osíris e Ísis. Toda a Mesopotâmia também conheceu esses fundamentos. Os EGÍPICIOS, os MÉROE, os CALDEUS passaram esse conhecimento, da Umbanda, ao povo de Mídia, os midianistas, que eram negros e tinham como grande líder e patriarca o poderoso Jetro, que viria a ser sogro de Moisés. Por ai já podemos observar como os Nagôs, os Angolanos, os Conguenses, em fragmentos muito deturpados, aprenderam e guardaram, através da tradição oral, os Fundamentos da Umbanda.

Além da África, esse conhecimento alcançou o Oriente, inclusive Índia, Nepal, China, Manchúria, Mongólia e Tibet. Chegou ao “cume” do Himalaia, alcançando também outros povos.

Sabemos que um celta europeu, de nome Rama, que há quase 90 séculos foi o primeiro patriarca legislador da Índia, Pérsia (I-Ram) e Egito, também foi conhecedor, em minúcias, desses fundamentos, o qual grafou em seu “Livro Circular Estrelado” ou planisfério astrológico. Assim, esse conhecimento alcançou os quatro cantos do planeta, sendo cada vez mais deturpado e interpolado.

Os fenícios também possuíram pequenos ou quase nenhum dos Fundamentos de umbanda. Citamos os fenícios, pois os mesmos, em obediência às Leis do Universo, reencarnariam como portugueses e espanhóis. Justamente ambos, tal quais os fenícios, eram exímios navegantes, chegando propositalmente às terras brasileiras. Ao aqui chegarem encontrou remanescentes das poderosas nações Tupy-Nambá e Tupy Guarani. Não demorou muito, no próprio século XVI, e aporta no Brasil o negro africano. Veio como escravo, mas muitos deles, juntamente com alguns indígenas missionários reencarnados, iriam dar o INÍCIO LIBERTACIONISTA a milhões de consciências.

Reunidos estavam no Brasil em pleno século XVI, indígenas, negros, amarelos e brancos. Embora o negro estivesse no cativeiro, no processo escravagista, muitos africanos eram evoluidíssimos e estava em reencarnações sacrificiais, o mesmo acontecendo aos indígenas e aos brancos.

Nessa terra (TERRA DA SANTA CRUZ) vibrada pelo “Cruzeiro do Sul”, as Entidades Superiores iriam fazer ressurgir a Umbanda, a priori através do MOVIMENTO UMBANDISTA. Dissemos MOVIMENTO UMBANDISTA, pois os indígenas, africanos e brancos tinham seus rituais, e os mesmos estavam muito distanciados da verdadeira umbanda. Aproveitar-se-ia da miscigenação racial, do sincretismo cultural e, por dentro dessa mistura, far-se-ia ressurgir a Umbanda, através do Movimento Umbandista, que na verdade pretende fazer a sua restauração.

Na época, os africanos já eram MONOTEÍSTAS, pois acreditavam num só Divindade Suprema, criadora e que estava acima de qualquer outra divindade menor. Denominavam essa Divindade Suprema de LODUMARE entre os Nagôs ou Yourubás e ZAMBY entre os Bantus (Angola, Congo). Acreditavam também em divindades menores as quais denominavam de ORIXÁ. Esse Orixá era um espírito altamente situado perante a Hierarquia Espiritual, sendo-lhe conferido o domínio de certas forças espirituais e naturais. Também tinham os Orixás como espíritos que nunca encarnaram no planeta. Aqueles que encarnavam e desencarnavam eram denominados de EGUNS, e, portanto, diferentes do Orixá. Basicamente, de forma simplificada, era assim a crença dos irmãos africanos.

Os indígenas brasileiros remanescentes dos Tupy-nambá e Tupy-guarany também eram MONOTEÍSTAS, pois acreditavam em uma só Divindade Suprema, que denomivam TUPÃ. Abaixo de TUPÃ havia outras Entidades ou Divindades menores denominadas ARAXÁS. Tinham atributos naturais e sobrenaturais. Acreditavam no Cristo Cósmico ou Messias, o qual era denominado YURUPARI. Tinham a Cruz como símbolo sagrado exatamente por conhecerem o mito solar, que velava a Tradição do Cristo Cósmico e seu Santo Sacrifício. Chamavam essa cruz, que era sagrada, de CURUÇÁ.

Os brancos, representados pelo europeu, trouxeram rudimentares noções do cristianismo, através do catolicismo romano. Mas da própria Europa chegou-nos em pleno século XIX, mais precisamente da França, o dito espiritismo ou Kardecismo. Não há de se negar que, em termos filo-religiosos ou mesmo cristãos, é o que de melhor havia da raça branca. Esse Kardecismo pregava a imortalidade da alma, as sucessivas vidas (reencarnações), a pluralidade dos mundos, a Lei de ação e reação e aplicação, em sua alta pureza, dos conceitos crísticos.

Bem, do século XVI ao século XIX, tivemos muitas e muitas facetas desses três cultos miscigenados, mas que para futuro seriam um culto reorganizador e eixo direcional para a Confraternização Universal. A situação no século XIX, entre os anos de 1888 e 1889, em que fervilhavam as mudanças sociais, políticas, culturais, foi o momento propício para o Plano astral Superior imprimir uma mudança aos ditos cultos miscigenados, pois era inevitável e extremamente oportuno. Assim é que os ditos cultos miscigenados, ou também denominados cultos afro-brasileiros, começaram a sofrer o saneamento, a ponto de, em muitos locais, mormente Rio de Janeiro e São Paulo, já haver a manifestação de índios (caboclos) e negros africanos (preto-velhos). Essas pontas de lança foram comandadas pelo Caboclo Curugussú (Grito do Guardião), poderoso emissário da Raça Vermelha que, toda vez que “baixava”, juntamente com sua grande falange, dizia ter vindo trazer a Umbanda. Preparam o terreno, pois em 1908, nove anos após a proclamação da República, nos dias 15 e 16 de novembro do mesmo ano, uma Entidade Espiritual mediuniza um menino-moço de dezessete anos, chamado Zélio Fernadino de Moraes. A Entidade, que no dia 15 de novembro baixara em uma mesa kardecista e fora repelida, disse que no dia 16 baixaria na casa de seu aparelho, e nesse local não haveria nenhuma forma de discriminação, onde pobres, ricos, negros, brancos e bugres caboclos podiam baixar, e esse ritual se chamaria Umbanda. E assim foi feito. Perguntado o nome a essa possante Entidade, ela diz que, se necessário fosse dar um nome, esse seria CABOCLO DAS sete ENCRUZILHADAS, pois para ele não haveria caminhos fechados. Esse fato, ocorrido nos dias 15 e 16 de novembro, aconteceu no Rio de Janeiro.

Esse marco do CABOCLO DAS sete ENCRUZILHADAS foi importantíssimo, e é bom que se frise que nas suas sessões nunca houve rituais com matanças de animais e nem os toques com os atabaques. A vestimenta era toda branca, os pés descalços e o próprio Zélio de Moraes, pedido do Caboclo Senhor Sete Encruzilhadas, usava apenas uma guia ou colar ritualístico. Pela sua humildade, modéstia e dedicação às coisas da Umbanda, Zélio foi um médium portentoso, que realmente trabalhava em favor dos necessitados do corpo da alma. A ligação mediúnica que tinha com o Caboclo Senhor Sete Encruzilhadas era ímpar. Realmente, era um médium de fato e de direito, com “ordens e direitos e trabalho”. O Caboclo Senhor Sete Encruzilhadas, em sua tarefa, foi complementado por mais duas portentosas Entidade, o Caboclo Orixá Male e o sapientíssimo Pai Antônio.

Embora tendo feito vários núcleos, nenhum segui-lhe ou segue-lhe o modelo, à exceção de suas duas abnegadas filhas, Zilméia e Zélia.

Nosso registro deliberadamente avança no tempo, e chegamos ao ano de 1956, de novo no Rio de Janeiro. Após 49 anos do advento do Caboclo Sete Encruzilhadas, o Sr. W.W. d Matta e Silva escreve um livro que viria revolucionar os conceitos de nossa Umbanda. É então lançado “UMBANDA DE TODOS NÓS”. Nesse livro, temos os primeiros ensaios de como seria a Umbanda do futuro, embora seja hoje vivente em alguns raríssimos terreiros. Mestre Matta & Silva – sim, era um Mestre, e nenhum vimos iguais – trouxe-nos conceitos inéditos sobre a Umbanda, aquela Umbanda praticada há centenas de milhares de anos na Lemúria e mesmo na Atlântida. Após essa obra, UMBANDA DE TODOS NÓS, escreveu mais oito portentosos trabalhos, que sem dúvida são marcos para o Movimento Umbandista. Foi também Mestre Matta e Silva um homem simples, humilde, que dedicou sua vida toda à Umbanda. Humilde professor devotou mais de 50 anos ao mediunismo, vindo a desencarnar em plena paz, em Itacurussá, a 17 de abril de 1988. Assim como Zélio, Mestre Matta foi um vitorioso. Voltou ao astral superior com a certeza de ter cumprido sua nobre e duríssima tarefa.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Umbanda quem Sois?

Umbanda quem sois?




Sou a Mãe que o Pai enviou para que seus filhos o reencontre novamente.

Sou a Mãe que mostra o Caminho, cujos espinhos que encontrares em tua jornada serão somente teus e se me ouvires poderá curá-los sem dor.



E tua jornada para reencontrar a casa de teu Pai.



Será acalentada por teus irmãos que estarão incansavelmente a te orientar porém, para ouví-los, teu coração terá que ser doce como o pólen da flor que é apanhado pela abelha para transformá-lo em mel que é seu alimento e que alimenta a ti meu filho. Enquanto a abelha voa longe transformando o jardim e voltando para casa, você terá que transformar tua alma, alimentando-a de AMOR e ESPALHANDO este amor transformando o jardim da TUA MORADA.

Hoje TE ENCONTRAS num envólucro que te permite de APRENDER.

Não desperdice a oportunidade que conquistastes ATRAVÉS DOS TEMPOS. Pois o tempo MEU FILHO É SOMENTE UM ESPAÇO que você mesmo constrói. E este espaço SERÁ sempre a TUA IDENTIDADE.

Filho escuta TEU CORAÇÃO, pois é somente ele que CONHECE o caminho de volta para a CASA DO PAI. Se escutá-lo estarás sempre guarnecido e os espinhos que encontrares irão se transformar em flores que perfumarão tua caminhada.



Tenha sempre AMOR e coragem!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Umbanda Quem ès!

“UMBANDA, QUEM ÉS”?




-SENHORA DA LUZ – QUEM ÉS? – Eu sou a Umbanda – vibração mágica de amor e força – ELO envolvente que atinge a tudo e a todos!

Como Expressão e Regra, sempre me apresentei Velada pelo próprio manto do Deus - Uno! Envolta nele, estendi as variações de minha “forma-luz” sobre os povos, através dos séculos...

No entanto, Eu sou a primitiva Revelação, Alma do Mundo, sem principio e sem fim, dentro do seio da Eternidade!

Já me fiz interpretar inúmeras vezes, sendo assim decantada, na concepção e na fé: “Eu sou a Natureza, mãe das coisas, senhora de todos os elementos, origem e princípio dos séculos, suprema divindade, rainha dos Manes, primeira entre os habitantes do céu, tipo uniforme dos deuses e das deusas. Sou eu quem governa os cismos luminosos do céu, as brisas salubres do oceano, o silêncio lúgubre dos infernos, potência única, sou pelo Universo inteiro adorada sob várias formas, em diversas cerimônias, com mil nomes diferentes.

Os Frígios, primeiros habitantes da terra, me chamam a Deusa – mãe de Pessinonte; os Atenienses autóctones me nomeiam Minerva, a Cecropana; entre os habitantes da ilha de Chipre, eu sou a Vênus de Paphos; entre os Cretenses, armadores de arco, eu sou Diana Dichjna; entre os Sicilianos que falam três línguas, eu sou Proserpina, a Stigiana; entre os habitantes de Eleusis, a antiga Ceres, uns me chamam Juno, outros Belone, aqui Hecate, acolá a deusa de Ramonte. Mas aqueles que foram os primeiros iluminados pelos raios do sol nascente, os povos Etiópicos, Arianos e Egípcios, poderosos pelo antigo saber, estes, sós me rendem um verdadeiro culto e me chama pelo meu verdadeiro nome: rainha “ÍSIS” (Apuléia – “Metamorfose”, XI, 4).

Porém, dentre aqueles do passado, no presente, existem muitos que conseguem me ver sem o véu de ÍSIS e para estes, Eu sou a Lei – a Unidade – excelsa manifestação do Subplanos e me faço atuante, pelo Relativo na verdade, dentro dos corações de todas as criaturas que neles se situam. “E hoje, também, que de meu antigo berço, mil cânticos me evocam, farei reviver, das brumas do esquecimento, como imperativo da nova era que chegou, os Antigos Mistérios – a perdida síntese Religio-científica...”



OBS.: Dentro desta mística, Umbanda é a Lei - Una, Expressão e Regra das hierarquias Constituídas, manifestação do DEUS-UNO! Porque dizemos Senhora da Luz-Velada, não confundir com Yemanjá e nem com Virgem Maria ou N. S. da Conceição dos católicos...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quedas e Fracassos dos Médiuns!

Quedas e Fracassos de Médiuns



“É com grande tristeza”, que vimos, dentro de uma serena e acurada observação, quase que direta sobre pessoas e casos, testemunhando,constatando, como é grande o número de médiuns fracassados ou decaídos e que é pior, sem termos visto ou sentido neles o menor desejo de reabilitação sincera, pautada na escoimação real de suas mazelas, de suas vaidades, de suas intransigências, etc...

O que temos observado cuidadosamente na maioria desses médiuns fracassados são tormentos de remorso, que, como chagas de fogo, queimam-lhes a consciência, sem que eles tenham forças para se reerguer moralmente, pois se enterraram tanto no pântano do astral-inferior, se endividaram tanto com os "marginais do astral” que, dentro dessa situação, é difícil mesmo se libertar de suas garras...

Isso porque o casamento de fluídos entre esses médiuns fracassados e esses "marginais do astral” - os quiumbas - já se deu há tanto tempo, que o divórcio, a libertação se lhes apresenta dentro de tais condições de sofrimento, de tais impactos, ainda acrescidos na renúncia indispensável a uma série de injunções, que o infeliz médium decaído prefere continuar com seus remorsos...

Mas, situemos desde já, dentre os diversos meios pelos quais os médiuns têm fracassado os três aspectos principais ou os três pontos-vitais que os precipitam nos abismos de uma queda mediúnica etc. Ei-los:

1) A VAIDADE EXCESSIVA, que causa o empolgamento e lança o médium nos maiores desatinos, abrindo os seus canais medianímicos a toda sorte de influências negativas.

2) A AMBIÇÃO PELO DINHEIRO FÁCIL, exaltada pelo interesse que ele identifica nos "filhos-de-fé" em o agradar, em o presentear, para pedir favores, trabalhos, pontos, afirmações, que envolvem elementos materiais.

3) A PREDISPOSIÇÃO SENSUAL INCONTIDA, que lhe obscurece a razão, dada à facilidade que encontra no meio do elemento feminino que gira em torno de si por interesses vários e que comumente se deixa fascinar pelo "cartaz” de médium-chefe, babá, "chefe-de-terreiro", etc.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Conduta Mediúnica!

1 - Manter dentro e fora do Templo, isto é, na sua vida espiritual ou religiosa


particular, conduta irrepreensível, de modo a não suscitar críticas, pois

qualquer deslize neste sentido irá refletir em seu templo e mesma na Umbanda,

de modo geral;


2 - Procurar instruir-se nos assuntos espirituais elevados, lendo livros

indicados pela Direção Espiritual do Templo, bem como assistindo palestras

nesse sentido;


3 - Conservar sua saúde psíquica, vigiando constantemente, o aspecto moral;

4 - Não julgar que seu protetor ou sua entidade é o mais forte, o mais sabido,

muito mais "tudo" que o do seus irmãos, médiuns também;


5 - Não viva querendo impor seus dons mediúnicos, contando, com insistência, os

feitos de seus guias ou protetores. Lembre-se de que tudo isso pode ser

problemático e transitório e não esqueça de que você pode ser testado por

outrem e toda essa conversa vaidosa ruir fragorosamente;


6 - Dê paz a seu protetor no astral, deixando de falar tanto no seu nome, isto

é, vibrando constantemente nele. Assim, você está se fanatizando

e "aborrecendo" a entidade. Fique certo de que, se ele, o seu protetor,

tiver "ordens e direitos de trabalhos" sobre você, poderá até discipliná-lo,

cassando-lhe as ligações mediúnicas e mesmo infringindo-lhe castigos materiais,

orgânicos, financeiros, etc. Se você for desse que, além de tudo isso, ainda

comete erros em nome de sua entidade protetora...;


7 - Quando for para a sua sessão, não vá aborrecido e quando chegar lá, não

procure conversas fúteis. Recolha-se a seus pensamentos de paz, fé e caridade

pura para com o próximo;


8 - Lembre-se sempre de que sendo você um médium considerado "pronto" ou em

desenvolvimento, é de sua conveniência tomar banhos de descargas, defesas ou

propiciatório determinados por seu guia ou protetor, se for médium em

desenvolvimento, procure saber quais os banhos e defumadores mais indicados,

que poderá ser dado pela direção do Templo;


9 - Não use guias ou colares de qualquer natureza sem ordens comprovada de sua

entidade protetora responsável direta e testadas no terreiro;


10 - Não se preocupe em saber o nome do seu guia ou protetor antes que ele

julgue necessário e por seu próprio intermédio. É de toda conveniência para

você, não tentar reproduzir, de alguma, qualquer ponto riscado que tenha

impressionado dessa ou daquela forma;


11 - Não mantenha convivência com pessoas más, viciosas maldizentes etc... Isto

é importante para o equilíbrio de sua aura e dos seus próprios pensamentos.

Tolerar s ignorância não é compartilhar delas...;


12 - Acostume-se a fazer todo o bem que puder, sem visar às recompensas;


13 - Tenha ânimo forte através de qualquer prova ou sofrimento. Aprenda a

esperar e confiar...;


14 - Não tema a ninguém, pois o medo é prova de que você em débito com sua

consciência;


15 - Lembre-se sempre de que todos nós erramos, pois o erro é da condição

humana e, portanto ligado à dor, a sofrimentos vários e, conseqüentemente, ás

lições, com suas experiências... Sem dor, sofrimento, lições e experiências não

há Karma, não há humanização nem polimento íntimo. O importante é que não se

erre mai. Ou cometer os mesmos erros;


16 - Zele por sua saúde física, com uma alimentação racional e equilibrada;


17 - Não abuse de carnes, fumo e outros excitantes principalmente o álcool;


18 - Nos dias de trabalho, regule a alimentação e faça tudo para encaminhar a

sessão espiritual, limpo de corpo e espírito;


19 - Não se esqueça hipótese alguma, de que não se deve ter contatos ou

relações carnais na véspera e no dia dos trabalhos;


20 - Tenha sempre em mente que, para qualquer pessoa, especialmente o médium,

os bons espíritos somente assistem com precisão, se verificarem uma boa dose de

humildade ou simplicidade no coração. A vaidade, o orgulho e o egoísmo cavam o

tumulo do médium;


21 - Aprenda lentamente a orar confiando em Jesus, o Regente do planeta Terra.

Cumpra as ordens e os conselhos do seu Guia ou Protetor. Ele é seu grande amigo

e somente trabalha para a sua felicidade;


LEMBRE-SE SEMPRE QUE DEVEMOS:


PROCURAR EVITAR AGITAÇÕES E FICAR O MAIS CALMO POSSÍVEL;

TOMAR BANHO DE DEFESA ANTES DOS TRABALHOS;

EVITAR BEBIDAS ALCÓOLICAS E FUMAR O MENOS POSSÍVEL;

PROCURAR DECORAR E CANTAR OS PONTOS DURANTE O RITUAL;

ESTAR SEMPRE EM SINTONIA E ATENTO AO RITUAL;

AUXILIAR SEMPRE NO QUE FOR NECESSÁRIO;

PROCURAR PARTICIPAR E COMPREENDER O RITUAL;

SER SEMPRE PONTUAL E NÃO FALTAR SEM NECESSIDADE;

SEMPRE MANTER UM BOM RELACIONAMENTO COM SEUS IRMÃOS DE FÉ.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

APARELHOS UMBANDISTAS... ALERTA!



Aparelhos Umbandistas que o forem de fato e em verdade desta UMBANDA DE TODOS NÓS!

Companheiros nesta silenciosa batalha de todas as noites, imperativo de uma missão, legado de nossos próprios Karmas.

FILHOS DE ORIXÁS , de Fé, alma e coração - ALERTA!

ALERTA contra esta onda pululante de "mentores" que, jamais ouvindo as vozes dos verdadeiros Guias e Protetores vivem amoldando, diariamente, dentro de suas conveniências pessoais, uma "Umbanda à revelia”, convictos de que podem arvorar-se em dirigentes do Meio, não obstante serem sabedores da existência, em seu seio, de veículos reais, que sabem traduzir em Verdade, as expressões desta mesma Lei!

ALERTA contra esta proliferação de "Babás" e "babalaôs" que, por esquinas e vielas, transformam a nossa Umbanda em cigana corriqueira, enfeitada de colares de louça e vidro, e, ao som de tambores e instrumentos bárbaros, vão predispondo mentes instintivas e excitações, geradoras de certas sensações, que o fetichismo embala das selvas africanas aos salões da nossa metrópole.

ALERTA contra essas ridículas histórias da carochinha, assimiladas e "digeridas" em inúmeros "terreiros" que se dizem de Umbanda, as quais podemos "enfeixar" num simples exemplo na crença comum (entre eles), de que Xangô "não se dá" com Ogum, porque este em priscas eras, traiu aquele, raptando sua mulher , e, por conseqüência, vê-se os que se dizem "cavalos" de Xangô, não recebê-lo, quando "Ogum está no reino", e vice-versa... Até nos setores que se consideram mais elevados, esta vã superstição ainda tem guarida...

ALERTA contra este surto de idolatria-fetichista, incentivada pelas incontáveis estátuas de bruxos e bruxas, e, particularmente de umas, que asseveram serem dos Exus tais e tais, de chifres e espetos em forma de tridentes que pretendem assemelhar a mitológica figura do DIABO, mas TODAS, fruto do tino comercial dos "sabidos", IDEALIZADAS NAS FÁBRICAS DO GÊNERO, já compondo ou "firmando" Congás, cultuadas entre "comes e bebes" em perfeita analogia com os antigos adoradores do "bezerro de ouro", que tanto provocou as iras de Moisés.

ALERTA irmãos sensatos na Fé pela razão! ALERTA contra esta infindável barafunda oriunda da apelidada "linha de santé" , quando identificam, a esmo, Santos e Santas dentro da Umbanda, ao ponto de cada Tenda criar uma "similitude" própria...

E não é só isso; quem se dispuser a dar um "giro na umbanda" que certos terreiros apresentam ( não nessa minoria de Tendas mais conhecidas, já constituídas em baluartes da Religião) , ficará simplesmente desolado.

Terá oportunidade de ver indivíduos fantasiados com cocares de penas de espanador, tacapes, arcos e flechas, externarem maneiras esquisitas, em nome do Guia A ou B , consultando, dando passes e quantas mais, santo Deus, que não podemos dizer aqui...

Verificará ainda o animismo e a auto-sugestão suprirem uma mediunidade inexistente, quando certos gritinhos identificarem elementos do sexo feminino, que , em "transe", dizem personificar "Oguns, Xangôs e Oxossis..."

Continuando, verá outros caracterizados de "Kimbanda Kia Kusaka", tal a profusão de amuletos, colares e patuás que ostentam. Todos eles, se interrogados sobre Umbanda, largam a mesma cantilena dos outros, arrematando sempre com a já famosa frase: "Umbanda tem milonga ou milonga de umbanda quem diz é congá"... E, na seqüência deste arremate, tomam ares misteriosos, "insondáveis" e fecham com a "chave de mestre”, dizendo: "tem milonga, si sinhô... mas congá num diz...”.

Aparelhos-Chefes! Presidentes de Tendas! Por que ficarmos indiferentes diante deste "estado de coisas”? Por que silenciarmos, se esta atitude pode dar margem as que qualifiquem todos os umbandistas como de uma só "panelinha"?

Por que estarmos passando, em nós mesmos, um suposto atestado de incapacidade, quando deixamos de defender os legítimos Princípios da Lei de Umbanda, pela separação do "joio do trigo", dentro de um mal interpretado espírito de tolerância?

Sim, somos e devemos ser TOLERANTES com TODAS as formas de expressão religiosa: - RESPEITAMOS as concepções de cada um em seus respectivos planos, mas, daí a colocarmos dentro DELES, levados por uma tolerância prejudicial, o bom nome da Umbanda que praticamos, é simplesmente tornarmos real este "atestado de incapacidade", se não houver coragem e idealismo para separarmos “os alhos dos bugalhos “““...

Prezados amigos! Mata e Silva, trabalhou na Umbanda por mais de 50 anos, nasceu em Pernambuco, em 28 de Julho de 1917 e desencarnou em 17 de abril de 1988.

Visitou mais de 600 Terreiros, escreveu vários artigos sobre Umbanda nos principais jornais de sua época, participou de programas de televisão na antiga Tupi (1967) e escreveu sete livros.

Foi por seu intermédio que Pai Guiné iniciou a Umbanda Esotérica, hoje em dia chamada de AUMBANDAM.

Matta e Silva, este grande conhecedor da Umbanda, fez este alerta em 1956, temos a certeza que se estivesse entre nós nos dias de hoje, ele estaria estarrecido com o que encontramos "nesta nova era" utilizando o nome de Umbanda, principalmente em comunidades virtuais da "web", blog's e afins, administradas por verdadeiros magos negros do astral inferior.