segunda-feira, 17 de maio de 2010

Mensagem de Vovó Catarina!



Se perguntarmos para um preto velho, há quanto tempo ele conhece a umbanda, com certeza este dirá que a umbanda é tão velha quanto a Criação Divina. E sendo tão velha - correto seria afirmar que esta não tem idade – esconde em seu seio muitas verdades e principalmente muitos mistérios. Dentre eles está a manifestação do espírito na tríplice vestimenta (caboclo, pai velho e criança).


Ao observar o trabalho desenvolvido pelas entidades de umbanda, médiuns com maior abrangência cultural em seu tempo, pesquisaram os antigos ritos religiosos em busca do rastro desta umbanda de todos nós e, a encontraram como a raiz de todas as religiões em seus fundamentos magísticos e esotéricos.

Surge então o termo esotérico para explicar não uma vertente da umbanda, mas os aspectos de seus mistérios sagrados, os quais foram detectados por pesquisadores que estavam intimamente ligados às práticas dos rituais de umbanda, vez que eram médiuns de fato e de direito. Dentre eles destacaram-se os médiuns ligados ao corpo mediúnico que contava com a presença do umbandista Matta e Silva, autor de valiosas obras doutrinárias sobre umbanda e, o corpo mediúnico do Primado de Umbanda, no estado do Rio de Janeiro.

Assim, umbanda esotérica nada mais é do que a UMBANDA em seus fundamentos aplicados dentro do espírito de caridade ao próximo. UMBANDA que ainda é um mistério para a maioria, mas um mistério necessário, pois desvelar a luz espiritual por completo para aquele que caminha em sua busca é cegar-lhe o entendimento e atrapalhar os que ainda semeiam.

A dissertação abaixo, foi feita por Euzália, que se apresenta com a aparência perispiritual de uma das muitas Vovós Catarina.

Desde que os negros foram tirados de sua terra, na África, vieram para o Brasil com o rancor e o ódio em seus corações, pois muitos foram enganados pelo homem branco e feitos prisioneiros e escravos, feridos em sua dignidade, distantes da pátria e dos que amavam. Foram transcorrendo os anos de lutas e dores, e o negro mantinha, em seus costumes e na religião, a invocação das forças da natureza, as quais chamavam de orixás, espécie de deuses a quem cultuavam com todo o fervor de suas vidas.

Aprenderam com o tempo a se vingar de seus senhores e déspotas, através de pactos com entidade perversas e com magia negra, que outra coisa nãoera senão as energias magnéticas empregadas de forma equivocada. Dessa maneira, o culto inicial aos orixás foi-se transformando em métodos de vingança, em pactos com entidades trevosas, que assumiam a papel desses forças da natureza ou orixás, disseminando o que se chamava de Candomblé, que na época , era um disfarce para uma série de atividades menos dignas no campo da magia. (...)

Como o tempo, foi-se formando uma atmosfera psíquica indesejável no campo áurico do Brasil, que havia sido destinado a ser a pátria do evangelho redivivo, onde estava sendo plantada a árvore abençoada do Cristianismo pelas bases eternas do Espiritismo. A psicosfera criada no ambiente espiritual da nação foi de tal maneira violenta, que entidades ligadas aos lugares de Como o tempo, foi-se formando uma atmosfera psíquica indesejável no campo áurico do Brasil, que havia sido destinado a ser a pátria do evangelho redivivo, onde estava sendo plantada a árvore abençoada do Cristianismo pelas bases eternas do Espiritismo. A psicosfera criada no ambiente espiritual da nação foi de tal maneira violenta, que entidades ligadas aos lugares de sofrimento nas senzalas encarnavam e desencarnavam conservando ódio nos corações, com exceção daquelas que entendiam o aspecto espiritual da vida.

Assim a magia negra foi se espalhando em forma de culto pelas terras brasileiras... Do norte ao sul do pais , as oferendas, os despachos ou os ebós eram oferecidos pelos pais-de-santo, pelos mestres do Catimbó, ou de outros cultos que proliferavam a cada dia, criando uma crosta mental sobre os céus da nação. Nos planos etéreos da vida, reuniram-se então entidades de alta hierarquia com o objetivo de encontrar uma solução para desfazer a egrégora negativa que formava a psicosfera do Brasil. (...)

A magia negra devia ser combatida, e seus efeitos destrutivos haveriam de ser desmanchados de maneira a transformar os próprios cultos degradantes em lugares que irradiassem amor e caridade, única forma de se modificar o panorama sombrio. Havia necessidade de que espíritos esclarecidos se manifestassem para realizar tal cometimento. E, assim foram se apresentando, uma a uma, aquelas entidades iluminadas que haveriam de modificar suas formas perispirituais, assumindo conformação de pretos velhos e caboclos, e levariam a mensagem da caridade através da Umbanda, cujo objetivo inicial seria desfazer a carga negativa que se abatia sobre os corações dos homens no Brasil.

A Umbanda seria o elo de ligação com o Alto; penetraria aos poucos nos redutos demagia negra ou nos terreiros de Candomblé, os quais ainda se mantinham enganados quanto as leis de amor e caridade, e iria transformando, com palavras de um preto velho ou as advertências do caboclo, os sentimentos das pessoas. E para isso, meu amigo, era necessário que elevados companheiros da Vida Maior renunciassem a certos métodos de trabalho considerados mais elevados e se dedicassem às atividades que a Umbanda de propunha.

A esses companheiros de elevada hierarquia espiritual juntaram-se espíritos de antigos escravos e índios, que serviram por muito tempo nas fazendas e arraiais da Terra do Cruzeiro e, em sua simplicidade e boa vontade, propuseram-se a trabalhar para demonstrar ao homem branco e civilizado as lições sagradas da Umbanda."

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mensagem de Vovó Luzia da Bahia!



Esperança de uma Preta Velha!

Vovó Luiza da Bahia

Médium Elizabeth Caetano Drumond

Psicografado em 30/04/2008!

(Mensagem de quem realmente é Umbandista de Fato e de Direito dessa Umbanda de Todos Nós, ao contrário de quem sonha em ser e plagia em querer!)


Fios,



Véia veio aqui hoje prá falar de Amor, Caridade e Humildade!

Sabe fios, Véia tem cutado muito os fios pidindo prá ser mais humilde, pidindo desculpa por ter falado um não pros irmãos, pidindo desculpa por não ter dado valor a famía enquanto estavam tudo carnado.

Véia quer fazê falador prá tudo suncês entender que quando os pedidô e os desculpador não vem do coração puro e verdadeiro que todos suncês pode ter, num dianta, fios.

É fácil fazer rezador quando a noite cai e achar que tudo tá resovido, o difíciu fio, é acordar depois e consegui amar a todos como o Pai Maior ensinou, é ajudar um desconhecido quando ele fazer precisador.

Suncês acham que fazer Caridade é só com amigo e família?

Isso é fáciu né fio?

É fáciu fazer rezador pro inimigo pedindo paz e luz, mas se o inimigo fazer ou falar alguma coisa que num é do agrado de suncês, suncês tudo esquecem do que pediu prá esses irmãos, se num é de coração num dianta.

Muitas vezes fio, suncês são seus próprios inimigos.

Suncês já fizeram pensador que muitas vezes suncês dão poder e força pros irmãos que nem faz mais pensador em suncês?

Sabe como tudo suncês fazem isso?

Lembrando todos os dias desses irmãos, falando todos os dias desses irmãos, julgando todos os dias esses irmãos.

E sabe o que é o pior fio? Muitas vezes suncês tiveram culpa das tristezas de seus corações.

É fáciu né fio culpar sempre alguém pelos seus erros, quedas e tristezas?

Porque os acertos fios, suncês levam o troféu suzinhos, às vezes fiu, suncês até falam que um irmão ajudou na vitória, mas se num fosse suncês não teria sido tão perfeito. Isso fio, é falsa humildade! Fio, cadê a Caridade? Cadê o amor com os irmãos?

"Amai vos uns aos outros como eu vos amei". Suncês lembram quem falou isso? Foi o Pai Maior!

E sabe o que Véia tem prá falar? Nada nesse mundão acontece ou deixa de acontecer que não seja da vontade de Nosso Pai.

Orai e Vigiai, fios.

E nada nesse canzuá acontece ou deixa de acontecer que não seja da vontade do meu irmão Pery.

Que por mais erros, desvius e quedas que suncês passam, ele está sempre respeitando a vontade de cada um de suncês e sempre está de coração aberto pra tentar acertar e levantar tudo suncês.

E nós tudo estamos juntos ao seu lado prá pudê encaminhar cada problema prá direção certa.

Fios, quando suncês acordarem todos os dias agradeçam a nós não, e sim ao Pai Maior, por estarem encarnados e terem a oportunidade de resgatar seus carmas.

Como Véia sempre diz, só podemos ajudar se for do nosso merecimento e do merecimento de cada um de suncês, e somente se o Pai Maior quiser e achar que nós podemos ajudar.

Olhe prá um irmão como se fosse suncês. Não julguem para num serem julgados. Mas escutem sempre, pra sempre poderem ser escutados.

Reconhecer seus erros e injustiças é ser Humano, é ser Umbandista. Abaixar a cabeça e chorar não é vergonha não fio, é ser humilde.

Nêga Véia si dispedi com esperança de que cada um que leu esse papel tenha entrado um puquinho de irmandade dentro do coração de cada fio dessa cá Terra.

Que meu Pai Oxalá abençoe tudo suncês, que minha Mãe Oxum os cubra com seu manto pra que os inimigos não os enxerguem.

Saravá todo povo da Bahia!

Saravá todo povo de Congo!

Saravá todo povo de Mina!

Saravá todo povo de Angola!

Saravá todo povo de Nagô!

Saravá Umbanda!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

13 de Maio! Lei Áurea! Libertação dos Escravos!



Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.

Os negros, trazidos do continente Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana.
Apesar desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.

A partir de 1870, a região Sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação.

Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos.Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.

Em 13 de maio de 2010, comemoram-se os 122 anos da assinatura da lei Áurea pela princesa Isabel, que ocupava então a Regência do Império do Brasil, em virtude de um tratamento de saúde que seu pai, o imperador dom Pedro 2º, realizava na Europa.

A data está um pouco desprestigiada desde a década de 1970, quando os movimentos negros brasileiros resolveram instituir um dia da consciência negra para ressaltar o papel dos próprios negros no processo de sua emancipação. Assim, o dia 20 de novembro, que relembra a execução de Zumbi, seria um contraponto ao 13 de maio.

De acordo com essa perspectiva, o 13 de maio seria uma data que representaria a abolição como um ato de "generosidade" da elite branca e transformaria a princesa na personagem principal da libertação dos escravos. Ao contrário, o 20 de novembro, homenageando Zumbi e o quilombo de Palmares, seria um símbolo da resistência e da combatividade dos negros, que, de fato, não aceitaram passivamente a escravidão.

Aos poucos, o dia nacional da consciência negra ganhou prestígio, até ser incluído no calendário escolar brasileiro, pelo artigo 79-B, da lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que incluiu no currículo escolar a obrigatoriedade da temática "história e cultura afro-brasileira". Tornou-se também, segundo a Agência Brasil, um feriado em 225 municípios brasileiros, inclusive São Paulo, a maior metrópole do país.

*Comemorar o 13 de maio!

A questão que se pode levantar a partir disso é: há ou não motivos para a comemoração do 13 de maio? A efeméride tem, sim, seu valor histórico. Ela comemora a vitória do movimento abolicionista e do parlamento brasileiro. A campanha abolicionista, um dos maiores movimentos cívicos da história do Brasil, ao lado da campanha pelas Diretas Já, atingiu o êxito no exato momento que a princesa Isabel assinou a célebre lei.

Por outro lado, é importante ter em mente que a história trata de fatos do passado, mas as interpretações desses fatos dependem da época em que elas são feitas. O significado dos fatos, portanto, varia de acordo com as gerações de historiadores que se debruçam sobre eles e, também, segundo a ideologia que está por trás de suas interpretações.

Assim, o que se valoriza numa determinada época, pode simplesmente ser considerado menos importante ou até se pôr de lado numa ocasião posterior. Um outro exemplo da história ajuda a esclarecer a questão: a comemoração de 21 de abril, que relembra o martírio de Tiradentes só passou a existir após a Independência do Brasil. Enquanto éramos colônia portuguesa, Tiradentes não era considerado um herói, muito pelo contrário.

*Depois da abolição!

Enfim, a lei Áurea serviu para libertar 700 mil escravos que ainda existiam no Brasil em 1888 e proibir a escravidão no país. Independentemente disso, não se pode deixar de reconhecer que a abolição não resolveu diversas questões essenciais acerca da inclusão dos negros libertos na sociedade brasileira. Depois da lei Áurea, o Estado brasileiro não tomou medidas que favorecessem sua integração social, abandonando-os à própria sorte.

Essa dívida social, porém, não pode ser imputada somente à princesa Isabel e à monarquia. A situação social dos negros não melhorou com a República. Sobre isso, o Estado só veio a se pronunciar com mais veemência no ano 2003, com a instituição da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que tem desenvolvido projetos visando a inclusão social do negro.
Apesar disso, as estatísticas do IBGE ainda registram grande desigualdade em relação a negros e brancos. Alguns exemplos referentes à educação são bastante significativos. Os dados mais recentes apontam a taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos de idade ou mais: 8,3% de brancos e 21% de negros.

A média de anos de estudo das pessoas com 10 anos de idade ou mais é de quase seis anos para os brancos e cerca de três e meio para negros. Enquanto 22,7% dos brancos com 18 anos ou mais concluíram o ensino médio, somente o fizeram 13% dos negros.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Homenagem aos Pais Velhos do Aumbhamdam!



Estas Entidades usam a roupagem de Pais Velhos. São verdadeiros magos, senhores da experiência e do conhecimento em toda espécie de magia. São os Orixás-Velhos da Lei de Umbanda – São donos dos mistérios da “Pemba” nos sinais riscados, da natureza e da alma humana.

Têm a forma de Preto-Velhos e se apresentam humildemente, falando um pouco embrulhado, mas, sendo necessário, usam a linguagem correta do aparelho ou do consulente.

Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando cachimbo, sempre numa ação de fixação e eliminação, através de sua fumaça.

Falam compassados e pensando bem no que dizem. Rarissimamente assumem chefia de cabeça, mas invariavelmente são os auxiliares dos outros Guias, o seu “braço-direito”.

Seus fluidos são fortes, porque fazem questão de “pegar bem” o aparelho. Começam suas vibrações fluídicas de chegada, sacudindo com certa violência a cabeça e o ombro esquerdo, em paralelo como arcar do tórax e das pernas.

Cansam muito o corpo físico, pela parte dos rins e membros inferiores, com a posse do aparelho, conservando-o sempre curvado. Seus fluidos de presença vêm como uma espécie de choque nervoso sobre a matéria e emitem um resmungado da garganta aos lábios, quando se consideram firmes na incorporação.

Os pontos riscados obedecem a uma série de sinais entrelaçados, às vezes retos, outros em ângulo. Temos encontrado neles, semelhantes a certas letras dos alfabetos primitivos ou Templários e dão logo os três sinais riscados expressivos da Flecha. Chave e Raiz.

Outrossim: nas “formas” de preto e pretas-velhas, existem os que se apresentam, por afinidade, como um angola, um congo, um cambinda, etc. e costumam até conservar em sua “forma” astral, certa reprodução de características s que identificavam chefia função, etc. entre os povos das raças negras, muito comuns entre os que são qualificados de Protetores.

Estas afinidades também são semelhantes nos espíritos que têm a forma de caboclos, comum aos que possuem ainda o evolutivo de Protetores.

Quanto à “forma” ser nova ou velha, não se altera a essência da coisa, pois no fundo, é o mesmo.