Umbanda e sua História!
A Umbanda teve sua origem há milhares de anos. Sua origem remonta aos tempos da Lemúria. A Lemúria foi um continente que abrangia as Américas e a África, juntas, é claro...
No continente da Lemúria, em seu centro, onde hoje é o Planalto Central Brasileiro, surgiu ou foi revelada a Umbanda. Essa Umbanda era o CONHECIMENTO INTEGRAL. Era a Religião, a Filosofia, a Ciência e as Artes reunidas em um único bloco de conhecimento. Realmente, os Lêmures eram adiantadíssimos, e receberam a revelação da UMBANDA, a RELIGIÃO-PRIMEVA. Muitos pesquisadores espiritualistas respeitabilíssimos atestam a Tradição da Pura raça Vermelha na Lemúria. Atestam também que na Lemúria tivemos a visita de “extraterrenos”, (Seres Espirituais que deixaram de encarnar em seus planetas originais e iniciaram suas encarnações no planeta Terra. Como exemplo, poderemos citar muitos Seres Espirituais de Marte, Vênus, Júpiter e Saturno. Repetimos, encarnaram como terrenos e não vieram em discos voadores ou outros processos. O processo foi o do encarne comum a todo terráqueo), os quais teriam REVELADO a Umbanda.
A civilização que sucedeu a Lemuriana foi a Atlante, também citada por conceituados autores espiritualistas. A civilização atlante foi poderosa, mas, por vários motivos, entre eles o orgulho, a vaidade e o egoísmo, foram dizimados. Nesse período negro da civilização atlante, a Umbanda começou a se fragmentar e a se deturpar. Era na época a única Religião-Ciência da humanidade. Ao fragmentar-se, em plena Atlântida, daria origem às religiões, ciências, filosofias e artes de todos os tempos. Era a Umbanda a Religio-Vera, a Primeva Religião que, ao ser deturpada, corrompida e fragmentada, deu origem a todas as religiões. Na verdade, todas as outras religiões surgiram das deturpações da Umbanda, que se iniciou em plena Atlântida.
Dissemos que tanto na Lemúria como na Atlântida a Umbanda era a RELIGIÃO-UMA, e era ensinada a todos pela Pura raça Vermelha, a primeira raça a habitar o planeta Terra.
Após dizermos da supremacia da Pura Raça Vermelha, da qual os indígenas brasileiros e mesmo os norte-americanos são seus remanescentes, penetremos no âmago da História da Umbanda até o seu ressurgimento, em pleno Brasil do século XIX, entre os anos de 1888 e 1889.
Antes de entendermos como a umbanda RESSURGIU no solo em que um dia havia surgido, ou seja, aqui no Brasil, observemos outros povos que, em resquícios, também guardaram Fundamentos sobre a Umbanda, a qual era ensinada a raríssimos iniciados nos Templos de Osíris e Ísis. Toda a Mesopotâmia também conheceu esses fundamentos. Os EGÍPICIOS, os MÉROE, os CALDEUS passaram esse conhecimento, da Umbanda, ao povo de Mídia, os midianistas, que eram negros e tinham como grande líder e patriarca o poderoso Jetro, que viria a ser sogro de Moisés. Por ai já podemos observar como os Nagôs, os Angolanos, os Conguenses, em fragmentos muito deturpados, aprenderam e guardaram, através da tradição oral, os Fundamentos da Umbanda.
Além da África, esse conhecimento alcançou o Oriente, inclusive Índia, Nepal, China, Manchúria, Mongólia e Tibet. Chegou ao “cume” do Himalaia, alcançando também outros povos.
Sabemos que um celta europeu, de nome Rama, que há quase 90 séculos foi o primeiro patriarca legislador da Índia, Pérsia (I-Ram) e Egito, também foi conhecedor, em minúcias, desses fundamentos, o qual grafou em seu “Livro Circular Estrelado” ou planisfério astrológico. Assim, esse conhecimento alcançou os quatro cantos do planeta, sendo cada vez mais deturpado e interpolado.
Os fenícios também possuíram pequenos ou quase nenhum dos Fundamentos de umbanda. Citamos os fenícios, pois os mesmos, em obediência às Leis do Universo, reencarnariam como portugueses e espanhóis. Justamente ambos, tal quais os fenícios, eram exímios navegantes, chegando propositalmente às terras brasileiras. Ao aqui chegarem encontrou remanescentes das poderosas nações Tupy-Nambá e Tupy Guarani. Não demorou muito, no próprio século XVI, e aporta no Brasil o negro africano. Veio como escravo, mas muitos deles, juntamente com alguns indígenas missionários reencarnados, iriam dar o INÍCIO LIBERTACIONISTA a milhões de consciências.
Reunidos estavam no Brasil em pleno século XVI, indígenas, negros, amarelos e brancos. Embora o negro estivesse no cativeiro, no processo escravagista, muitos africanos eram evoluidíssimos e estava em reencarnações sacrificiais, o mesmo acontecendo aos indígenas e aos brancos.
Nessa terra (TERRA DA SANTA CRUZ) vibrada pelo “Cruzeiro do Sul”, as Entidades Superiores iriam fazer ressurgir a Umbanda, a priori através do MOVIMENTO UMBANDISTA. Dissemos MOVIMENTO UMBANDISTA, pois os indígenas, africanos e brancos tinham seus rituais, e os mesmos estavam muito distanciados da verdadeira umbanda. Aproveitar-se-ia da miscigenação racial, do sincretismo cultural e, por dentro dessa mistura, far-se-ia ressurgir a Umbanda, através do Movimento Umbandista, que na verdade pretende fazer a sua restauração.
Na época, os africanos já eram MONOTEÍSTAS, pois acreditavam num só Divindade Suprema, criadora e que estava acima de qualquer outra divindade menor. Denominavam essa Divindade Suprema de LODUMARE entre os Nagôs ou Yourubás e ZAMBY entre os Bantus (Angola, Congo). Acreditavam também em divindades menores as quais denominavam de ORIXÁ. Esse Orixá era um espírito altamente situado perante a Hierarquia Espiritual, sendo-lhe conferido o domínio de certas forças espirituais e naturais. Também tinham os Orixás como espíritos que nunca encarnaram no planeta. Aqueles que encarnavam e desencarnavam eram denominados de EGUNS, e, portanto, diferentes do Orixá. Basicamente, de forma simplificada, era assim a crença dos irmãos africanos.
Os indígenas brasileiros remanescentes dos Tupy-nambá e Tupy-guarany também eram MONOTEÍSTAS, pois acreditavam em uma só Divindade Suprema, que denomivam TUPÃ. Abaixo de TUPÃ havia outras Entidades ou Divindades menores denominadas ARAXÁS. Tinham atributos naturais e sobrenaturais. Acreditavam no Cristo Cósmico ou Messias, o qual era denominado YURUPARI. Tinham a Cruz como símbolo sagrado exatamente por conhecerem o mito solar, que velava a Tradição do Cristo Cósmico e seu Santo Sacrifício. Chamavam essa cruz, que era sagrada, de CURUÇÁ.
Os brancos, representados pelo europeu, trouxeram rudimentares noções do cristianismo, através do catolicismo romano. Mas da própria Europa chegou-nos em pleno século XIX, mais precisamente da França, o dito espiritismo ou Kardecismo. Não há de se negar que, em termos filo-religiosos ou mesmo cristãos, é o que de melhor havia da raça branca. Esse Kardecismo pregava a imortalidade da alma, as sucessivas vidas (reencarnações), a pluralidade dos mundos, a Lei de ação e reação e aplicação, em sua alta pureza, dos conceitos crísticos.
Bem, do século XVI ao século XIX, tivemos muitas e muitas facetas desses três cultos miscigenados, mas que para futuro seriam um culto reorganizador e eixo direcional para a Confraternização Universal. A situação no século XIX, entre os anos de 1888 e 1889, em que fervilhavam as mudanças sociais, políticas, culturais, foi o momento propício para o Plano astral Superior imprimir uma mudança aos ditos cultos miscigenados, pois era inevitável e extremamente oportuno. Assim é que os ditos cultos miscigenados, ou também denominados cultos afro-brasileiros, começaram a sofrer o saneamento, a ponto de, em muitos locais, mormente Rio de Janeiro e São Paulo, já haver a manifestação de índios (caboclos) e negros africanos (preto-velhos). Essas pontas de lança foram comandadas pelo Caboclo Curugussú (Grito do Guardião), poderoso emissário da Raça Vermelha que, toda vez que “baixava”, juntamente com sua grande falange, dizia ter vindo trazer a Umbanda. Preparam o terreno, pois em 1908, nove anos após a proclamação da República, nos dias 15 e 16 de novembro do mesmo ano, uma Entidade Espiritual mediuniza um menino-moço de dezessete anos, chamado Zélio Fernadino de Moraes. A Entidade, que no dia 15 de novembro baixara em uma mesa kardecista e fora repelida, disse que no dia 16 baixaria na casa de seu aparelho, e nesse local não haveria nenhuma forma de discriminação, onde pobres, ricos, negros, brancos e bugres caboclos podiam baixar, e esse ritual se chamaria Umbanda. E assim foi feito. Perguntado o nome a essa possante Entidade, ela diz que, se necessário fosse dar um nome, esse seria CABOCLO DAS sete ENCRUZILHADAS, pois para ele não haveria caminhos fechados. Esse fato, ocorrido nos dias 15 e 16 de novembro, aconteceu no Rio de Janeiro.
Esse marco do CABOCLO DAS sete ENCRUZILHADAS foi importantíssimo, e é bom que se frise que nas suas sessões nunca houve rituais com matanças de animais e nem os toques com os atabaques. A vestimenta era toda branca, os pés descalços e o próprio Zélio de Moraes, pedido do Caboclo Senhor Sete Encruzilhadas, usava apenas uma guia ou colar ritualístico. Pela sua humildade, modéstia e dedicação às coisas da Umbanda, Zélio foi um médium portentoso, que realmente trabalhava em favor dos necessitados do corpo da alma. A ligação mediúnica que tinha com o Caboclo Senhor Sete Encruzilhadas era ímpar. Realmente, era um médium de fato e de direito, com “ordens e direitos e trabalho”. O Caboclo Senhor Sete Encruzilhadas, em sua tarefa, foi complementado por mais duas portentosas Entidade, o Caboclo Orixá Male e o sapientíssimo Pai Antônio.
Embora tendo feito vários núcleos, nenhum segui-lhe ou segue-lhe o modelo, à exceção de suas duas abnegadas filhas, Zilméia e Zélia.
Nosso registro deliberadamente avança no tempo, e chegamos ao ano de 1956, de novo no Rio de Janeiro. Após 49 anos do advento do Caboclo Sete Encruzilhadas, o Sr. W.W. d Matta e Silva escreve um livro que viria revolucionar os conceitos de nossa Umbanda. É então lançado “UMBANDA DE TODOS NÓS”. Nesse livro, temos os primeiros ensaios de como seria a Umbanda do futuro, embora seja hoje vivente em alguns raríssimos terreiros. Mestre Matta & Silva – sim, era um Mestre, e nenhum vimos iguais – trouxe-nos conceitos inéditos sobre a Umbanda, aquela Umbanda praticada há centenas de milhares de anos na Lemúria e mesmo na Atlântida. Após essa obra, UMBANDA DE TODOS NÓS, escreveu mais oito portentosos trabalhos, que sem dúvida são marcos para o Movimento Umbandista. Foi também Mestre Matta e Silva um homem simples, humilde, que dedicou sua vida toda à Umbanda. Humilde professor devotou mais de 50 anos ao mediunismo, vindo a desencarnar em plena paz, em Itacurussá, a 17 de abril de 1988. Assim como Zélio, Mestre Matta foi um vitorioso. Voltou ao astral superior com a certeza de ter cumprido sua nobre e duríssima tarefa.