UMBANDA
OU A RESSURREIÇÃO DOS ANTIGOS MISTÉRIOS
W.
W. da Matta e Silva
Umbanda
como Lei, Expressão e Regra, é a força mágica, que abarca ou enfeixa, todo este
tremendo e crescente movimento religioso, já alcançando milhões de criaturas,
através de milhares e milhares de agrupamentos-afins (Tendas, Cabanas,
Terreiros, Centros, Templos, Ordens, Fraternidades, Casas etc.), já existentes
por quase todos os Estados do Brasil.
O
vocábulo Umbanda somente pode ser, dentro das qualificadas de línguas mortas,
assim como sânscrito, no pelhvi, nos sinais védicos e, diretamente, na língua
ou alfabeto adâmico ou vatânico, dito primitivo da humanidade, quando entre
este e aqueles, a tônica dá as variações próprias, desde o AUM-BAN-DAN,
ÔM-BAN-DÁ, UM-BAN-DÃ, AUM-BAN-DA, ÔM-BAN-DHA ETC.
Sua
origem se perde na pré-história... Todavia, entre os Angoleses, existe o termo
forte de KI-NBANDA – kia kusaka ou kia dihamban – que significa, sacerdote,
feiticeiro, o que cura doenças, invocador dos espíritos etc., firmado no
radical MBANDA (parte inflexível), conservado através de milênios, legado da
tradição oral da raça africana, o qual é uma corruptela do original U-MBANDA,
conhecido de seus primitivos sacerdotes (que também foram depositários do
mistério ou da síntese religiosa que esta palavra traduz), quando os Templos se
erguiam, imponentes, no Alto Egito, e na lendária Índia, em remotas épocas.
Fazemos notar também, que deste vocábulo trino, os Bahmas identificam apenas
uma expressão – o AUM védico...
O
valor real desta palavra, transcende da maneira comum, pronunciada por nós a
própria magia do som, isto é, das vibrações. Ela tem uma vocalização especial,
usada na parte esotérica, pois se transforma em poderoso mantram, que corresponde
ou provoca certas correntes fluídicas de harmonia, no psiquismo, pelo chackra
ou Plexo Frontal.
Então
comprovamos que Umbanda é um termo místico, sagrado, vibrado, litúrgico,
implantado de 40 anos para cá (depois de 1917), pelos espíritos chamados de caboclos
e pretos velhos, dentro dos cultos Afro-Brasileiros, quando estes ambientes
alcançaram certa tônica espiritual e quando se fez necessário traduzirem por
ele, uma coordenação de Princípios, Fundamentos, sistemas e Regras, e
significa, em realidade – CONJUNTO DAS LEIS DE DEUS...
Elucidação
necessária
Devemos
esclarecer, para que se compreenda bem o exposto, que os nossos irmãos
africanos, aportados no Brasil, como escravos, já tinham seus cultos e como
elemento básico, impulsionando a razão de ser dos rituais, a invocação dos
Orixás, como manifestação espirítica: era o decantado “estado de santo” –
transe mediúnico para nós e excitação ou “l’animisme fetichiste” de Nina
Rodrigues – onde os “pais de santo e respectivas filhas” ficavam “possuídos pelo
Orixá”...
O
fenômeno espírita propriamente dito, considerado por eles, como o vértice de
seus terreiros, era o da manifestação do referido Orixá, que nenhum Babalaô ou
Babá, dos tempos passados e presentes, JAMAIS definiu ou caracterizou como
sendo um espírito de preto, branco, mestiço ou alemão, francês, japonês etc. O
conceito, até hoje fundamentado, é o seguinte: Os Orixás ancestrais, que
interpenetram, ora como força divinizada da natureza, ora como Espíritos
Superiores desta mesma natureza, ora como “deuses da mesma categoria dos anjos
no cristianismo” – não baixam, isto é, não se manifestam no sentido de transe
mediúnico, não incorporam. Os que baixam são os Orixás intermediários. Estes na
variação do conceito de modernos Babalaôs, não devem “ser confundidos com
espíritos elementais, nem tampouco com o santo católico”, que vem a ser um
EGUN... E ainda: os africanos, fora da cerimônia funerária, na qual invocavam a
alma do pai de santo morto, esperando viesse ditar sua última vontade, não
aceitavam, ou melhor, nem cogitavam em eguns, nos seus rituais ou praticas
religiosas...
Os
Orixás intermediários devem ser forçosamente, pela Lei de Afinidades, espíritos
de certas categorias cuja evolução, ainda os sujeitam ao karma coletivo e
individual. Foram necessariamente, encarnados – passaram pela vida terrena – e
incontestavelmente, EGUNS. Estes, segundo os ensinamentos, são espíritos de
desencarnados... Portanto, a natureza dos espíritos que se manifestavam nos
“cavalos ou médiuns”, considerados como orixás, era uma incógnita para os
africanos... E, não sabemos se os atuais sacerdotes desses cultos já resolveram
esse “mistério”.
Para
nós outros, dentro da iniciação genuinamente umbandista, este “mistério” não
existe. Sabemos que os classificados como Orixá intermediários, atuantes
exclusivamente no primeiro plano desta Grande Lei, são exatamente o que o
esoterismo indiano conhece como Nirmanakayas. Precisamente como diz Arthur C.
Powel em sua obra “El CuerpoAstral”: Un Nirmanakaya fué um ser humano que há
alcanzado la perfeccion, que há puesto de lado su cuerpo físico, pero conserva
sus princípios inferiores, manteniendo-se en contato com la tierra, al objeto
de ayudar em la evolucion de a humanidade. Estas grandes entidades pueden
comunicarse e, em contados casos, se comunican, valiendose de um medium, pero
este ha de ser muy puro e de caracter muy elevado”.
Mas,
o que ainda ficou claro e patente, é que este fenômeno ou costume de Babalaôs
receberem espíritos de “caboclos e “pretos velhos” – que são desencarnados,
eguns – estabeleceu-se, ou melhor, tornou-se em REGRA, depois, muito depois,
quando se firmou completamente o entrelaçamento com o meio aborígene e
subsequentes mesclas. Em suma: a atuação deste espíritos deu-se como processo
ou movimento evolutivo, imperativo, gerado ou nascido AQUI, nas boas terras
brasileiras, sob a vibração do Cruzeiro do Sul, ao findar a Era de Pisces...
Foi este o PROCESSO, o fixador da influência e respectiva CONSOLIDAÇÃO do que,
conscienciosamente afirmamos como Lei de Umbanda...
É
absurdo e ridículo, supor-se que Seres desencarnados do estado de índios
kalapalos, xavantes ou de africanos, destas tribos ou nações ainda existentes,
em condições primitivas, lhes sejam facultados pelos Orixás Superiores
(conhecido no esoterismo oriental como Senhores do Karma – os Lipikas – pois
que o nome não altera a essência da coisa), atuarem pela manifestação
mediúnica, a fim de ensinarem aquilo que eles não sabem, isto é, manifestarem
conhecimentos profundos, movimentarem forças sutis da magia, com alto
discernimento de causas e efeitos etc., conhecimentos estes, somente adquiridos
em sucessivas provas e experiências, por intermédio de outras condições
humanas.
É
ponto fechado nos ensinamentos ocultos, que os remanescentes atrasados de nossa
5a Raça-Raiz (raça no sentido de todos os seres que povoam o Planeta Terra)
continuam se encarnando em povos ou tribos que ainda representam períodos do
passado, como sejam os ditos aborígenes da América, África e certos ramos
asiáticos, devido, justamente, aos seus estados de consciência ou pouco
adiantamento. Todavia admitimos que muitos destes, possam atuar em ambientes e
criaturas afins aos subplanos. Porém nunca como os que conhecemos e se
identificam como Protetores, Guias e Orixás intermediários... Da grande Lei de
Umbanda.
Doutrina
Na
doutrina estas supracitadas Entidades, de “caboclos e pretos velhos”, ensinam
da existência de um Ser Supremo – (a mesma Deidad ou Sat – Raiz sem Raiz – da
Doutrina Secreta) Causa Primeira que movimentou todos os Princípios, onde todas
as especulações (sobre Ele) se limitam entre as clássicas interpretações
filosóficas e teológicas de todos os tempos, e a fé ou grau de alcance espiritual
de cada um...
Ensinam
também que Ele deu vida ativa a todos os Espíritos para se tornarem nos EGOS
individualizados, que, sistematicamente, tomam a forma humana, desde as noites
da Eternidade. Afirmam mais que Deus (ou Zambi, Olorum, Obatalá, Tupan etc.)
revelando os Seres e criando as Leis – cósmicas, de causas e efeitos etc. – por
certo que revelou ou estabeleceu também a Lei Uma ou seja, a Verdade Imutável
(a verdade entra no aspecto do Relativo, de acordo com as concepções,
penetrações, isto é, em relação com os
já mencionados estados de consciência dos homens), com suas Regras – morais,
espirituais, imprescindíveis ao crescimento desses mesmos Egos, nos sucessivos
Ciclos de Evolução ou seja, desde a 1a Raça Mãe, dita Adâmica, até a atual, no
meio de sua 4a Ronda ou Círculo de Provas...
Consideram
mais que esta Lei Uma, com suas LINHAS DE FORÇA – estabelecidas pelo CRIADOR –
DETERMINAM as Correntes de Equilíbrio e Ascenção – fisio-psíquicas-espirituais
e são realmente, o que conhecemos, esotericamente, como as 7 LINHAS DA UMBANDA
e que, esotericamente, são confundidas e chamadas de “linhas de santo”, linhas
disso ou daquilo. Essas Eternas Verdades, transcendentais no verdadeiro Meio
Umbandista, JAMAIS devem ser comparadas com os dogmas ou convencionalismos de
outras religiões ou escolas...
Devemos
frisar que os espíritos de “caboclos e pretos velhos” se apresentam nestas
formas, para se identificarem como militantes da Lei, por afinidades com
antiquíssimas encarnações onde muito sofreram, para simbolizarem assim a
individualidade nestes estados – como Pureza, Simplicidade, Humildade... Pois
bem, repetem sempre, que a Umbanda revivendo a original Tradição, por
intermédio deles, tem por Missão precípua, restaurar certos ensinamentos
ocultos, em paralelo com a capacidade de aferição dos humanos, a fim de
evoluírem mais rapidamente, pois é visível o atraso espiritual desta raça ainda
envolta em duros cascões – astrais, mentais, religiosos, sociais etc.
Realmente
estas entidades vem lutando tenazmente dentro dos agrupamentos afins no sentido
de elucidarem as criaturas, ainda sensíveis pelo atavismo latente a se
arraigarem a influências diversas, no próprio meio onde é atuante o fetichismo
e as práticas absorvidas de outros setores religiosos. A dificuldade primordial
destes “caboclos e pretos velhos” está em que, para doutrinarem, conservando
seus ensinamentos corretos – não deturpados – livres destas tendências e
práticas, necessitam do fator mediúnico e este é complexo, nem sempre tem
veículos (denominados médiuns, aparelhos, mediadores e até cavalos etc.),
apropriados, para se externarem verdadeiramente. Estes veículos são realmente,
os pontos vitais na Umbanda...
Dentro
da ciência dos números
De
fato, as nossas Entidades já deram a prova de serem os defensores das Antigas e
Eternas Verdades, e para isso, identificaram Umbanda como a primitiva Lei
Religio-Científica, dando pela ciência dos números, sua própria NUMEROLOGIA –
CHAVE FUNDAMENTAL, citada e ansiosamente pesquisada no todo, pelos Iniciados das
várias Escolas, inclusive pela própria H. P. Blavastki (fundadora da E.
Teosófica), que fundamente sua Doutrina Secreta (1o vol.) nas 7 Estâncias do
“Livro de Dyzan” (estas Estâncias se baseiam nesta numerologia, porém, velando
ou ocultando, todo arcabouço desse sistema de números, básicos, relacionados
diretamente com a Cosmogonia esotérica e com as Hierarquias Divinas até as
Sub-humanas), argumentando repetidamente nesta chave sagrada. Fazem a mesma
coisa, robustecendo conceitos ou ensinamentos, Roso de Luna, Sinet, Figaniéri,
A. Besant, e dezenas de outros mais em suas obras...
Análise
do panorama do meio
Todas
as religiões tem sua parte interna (ou esotérica) e externa (exotérica ou
pública) e se fizeram distintas, entre si, porque particularizaram sistemas e
regras, isto é: foram interpretadas ou concebidas em relação com as
conveniências políticas, sociais, morais e espirituais de povos ou raças, pelos
seus sacerdotes e autoridades religiosas que formaram ensinamentos, em livros
sagrados, variando, velando ou deturpando pelo Relativo, o aspecto Uno da
Verdade. E assim é que os mitos, símbolos e ritos são véus com os quais
envolveram as massas. Todavia, estes véus, são desvelados, em justaposição com
as necessidades e penetrações dos iniciantes, dentro do critério com que foram
criados ou seja: só o podem fazer, os realmente capacitados ou autorizados...
Esta é a regra.
Finalizando
Como
não temos mais espaço, reafirmamos o que disse o irmão H. de S. em reportagem
anterior: “Umbanda é a LUZ nas TREVAS”; é também o que disse o confrade R. de
C. “Umbanda é caminho, é sentimento, é magia, é símbolo. Veio de longe, de
onde? Veio de sempre para o nosso amor”. Tudo isso se harmoniza em nosso
coração e nos fez sentir nestas composições a mesma mística, quando dos arcanos
profundos d’alma, o verbo fremente interroga:
–
SENHORA DA LUZ – QUEM ÉS? – Eu sou a Umbanda – vibração mágica de amor e força
– ELO envolvente que atinge a tudo e a todos!
Como
Expressão e Regra, sempre me apresentei Velada pelo próprio Manto do Criador!
Envolta nele, estendi as variações de minha “forma-luz” sobre os povos, através
dos séculos...
No
entanto eu sou a Primitiva Revelação, Alma do Mundo, sem princípio e sem fim,
dentro do seio da Eternidade!
Já
me fiz interpretar, inúmeras vezes, sendo assim decantada, na concepção e na
fé: “Eu sou a Natureza, mãe das coisas, senhora de todos os elementos, origem e
princípio dos séculos, suprema divindade, rainha dos Manes, primeira entre os
habitantes do Céu, tipo uniforme dos deuses e das deusas. Sou eu cuja vontade
governa os cimos luminosos do Céu, as brisas salubres do oceano, o silencio
lúgubre dos infernos, potencia única, sou pelo Universo inteiro adorada sob
várias formas, em diversas cerimônias, com mil nomes diferentes. Os Frígios,
primeiros habitantes da terra, me chamam a Deusa – mãe de Pessinonte; os
atenienses autóctones me nomeiam Minerva, a Cecropana; entre os habitantes da
ilha de Chipre, eu sou Vênus de Paphos; entre os cretenses, armadores de arco,
eu sou Diana Diehjna; entre os Sicilianos que falam três línguas, eu sou
Proserpina, a Stiglana; entre os habitantes de Elêusis, a antiga Ceres, uns me
chamam Juno, outros Belone, aqui Hecate, acolá a deusa de Ramonte. Mas aqueles
que foram os primeiros iluminados pelos raios do sol nascente, os povos
Etiópicos, Arianos e Egipcíos, poderosos pelo antigo saber, estes, sós, me
rendem um verdadeiro culto e me chamam pelo meu verdadeiro nome: rainha de
ISIS” (Apuleia – “Metamorfose”, IX, 4).
Porém,
entre aqueles do passado, no presente, existem muitos, que conseguem me ver sem
o véu de ISIS e para estes Eu sou a Lei – a Unidade – excelsa manifestação do
Verbo, que harmonizo minha tônica, através dos Planos e Subplanos e me faço
atuante, pelo Relativo na Verdade, dentro dos corações de todas as criaturas
que neles se situam. E, hoje, também, que de meu antigo berço, mil cânticos me
evocam, farei reviver, das brumas do esquecimento, como imperativo da Nova Era
que chegou, os Antigos Mistérios – a perdida síntese Relígio-Científica...
AGÔ, MESTRES !
W. W. da Matta e Silva
Jornal de Umbanda, Abril de 1955, n. 53
É assaz chocante, quando se faz um exame no “panorama” chamado Umbanda, através dos ensinamentos de suas Escolas, por seus Livros ou Evangelhos...
De um lado vê-se uma “mistura” de Africanismo e Catolicismo; de outro, Kardecismo e o dito Catolicismo... Ou os três juntos.
E ainda de outro, mais um “tempero” surgiu, com uma inovação, espécie de culto esdruxulo que começa a florescer num crescendo assustador; passaram a render “hosanas” às mais variadas estátuas de pretos e pretas velhas, índios de tipos diferentes, isto é, de “várias nacionalidades” e as “formas” que se assemelham a do suposto Diabo da Mitologia, com chifres, ferrão, serpentes, capas pretas e vermelhas... que dizem ser Exus...
E o interessante é que todas essas “ditas coisas” são tidas como expressando as tão citadas ”mirongas”, ou as tão apregoadas verdades, desta tão mal interpretada Umbanda de todos nós.
Mas o que causa realmente espanto, vem de setores que se dizem altamente situados a ensinarem essas mesmas verdades, todas elas como a lidima revelação da Lei de Umbanda... Com a confusão que fazem de “alhos e bugalhos”...
Nesta altura, um pequenino “eu”, de uma pequenina Tenda, dessas que certos “iniciados” generalizaram como africanistas, “macumbistas” e outros epítetos, sem antes se darem ao cuidado de provarem que realmente entendem de Umbanda, porque a única “novidade” que apresentaram até agora foi o “meterem o pau” nesse pobre africanismo, pensando que todos os Dirigentes de Tendas o praticassem fossem analfabetos, ostentando Guias de araque...[1]
Nesta altura, repito, um pequenino “eu” pede – AGÔ MESTRES...
AGÔ para dizer a vossos “iluminados mentais” que dentro da verdadeira Umbanda do momento, existem legítimos Diretores Espirituais, que tem um DOM REAL E EXISTENTE.
Esses são Médiuns de “fato e de direito” e seus Mestres, os Orixás da Lei, “falam, revelam e não mentem”, os inalteráveis e reais PRINCÍPIOS que não estão escritos ainda, nas páginas dos atuais Livros de Umbanda...
Assim, peço AGÔ mais uma vez, oh! “mestres”, para perguntar: que Entidades, Anjos ou Cherubins, Livros Sagrados ou Científicos, vos revelaram que a Lei de Umbanda é “criação” de menos de dois mil anos e seus inspiradores foram os primeiros mártires do Cristianismo, conhecidos como Santos, atualmente?...
Quem vos disse que Ogum é São Jorge e que Ogum de Lei é São Lázaro?... Era o caso de arranjarem mais 5 Santos para serem identificados com os Orixás que faltam para totalizaram os 7 que dirigem esta Linha, ordenada pela Vibração Original de Ogum...
Ou então mais 7 vezes 7, igual a 49 Santos, para simbolizarem os ORIXÁS PRINCIPAIS de cada Linha... E ainda por essa “lógica”, surgiria uma “Umbanda” com 365 linhas que corresponde à quantidade mínima de Santos que enchem o calendário...
Saibam então que OGUM é o TERMO LITÚRGICO que se identificou como uma das “sete palavras perdidas” compostas de duas sílabas ou palavras “falantes” que no fundo vem a ser a mesma: IG ou AG, que é o AGNI dos Hindus – o Fogo Sagrado; e AUM, OM ou UM, invocação mística do Brahmanismo que encontra sua CORRESPONDÊNCIA FONÉTICA em OGUM que traduz essas ditas invocações místicas, Exemplo: O FOGO SAGRADO, O FOGO DA SALVAÇÃO ou DA GLÓRIA, O FOGO DEVORADOR...
E ainda na Cosmogonia, o FOGO ETÉREO... Em síntese é uma VIBRAÇÃO ORIGINAL.
Saibam, portanto, que a Entidade de Jorge se identifica como Ogum de Lei, um dos sete Orixás da Linha ou Vibração, isto é, UM igual a mais SEIS... Um dos Diretores, um dos Patronos etc., porque todos os Orixás se identificam, precedendo os nomes que os qualificam com o da dita vibração original que os ordenam...
Quem vos disse ou “inspirou” ainda, oh! “mestres” das verdades ocultas (ou ocultadas) que Jerônimo, doutor em Leis, que no ano 384 traduziu (perplexo e duvidoso) o Novo e o Velho Testamento conhecido depois como VULGATA e que só foi Santo, muito tempo depois, fosse a própria VIBRAÇÃO ORIGINAL DE XANGÔ... E comandasse sozinho todos os Orixás, das 7 Legiões, cada uma com 7 Falanges, que formam UMA das Linhas da Lei de Umbanda?...
AGÔ para dizer-vos que XANGÔ é também uma das “sete palavras perdidas” que traduz em si, uma das Sete Vibrações Originais, que ordenam os SETE ORIXÁS PRINCIPAIS, inclusive o chamado Jerônimo que é um desses, isto é, chefe de Legião... E ele se identifica como Xangô Kaô (Kaô quer dizer – a Pedra do Céu, ou o ÉTER do Céu).
XANGÔ ou CHANGÔ na verdadeira grafia é composto de duas sílabas ou palavras falantes; a primeira, CHAM significa – O FOGO SUBTERRÂNEO, O RAIO; a segunda GÔ, significa – RAIO, ALMA, SENHOR; e esses valores que compõe a dita palavra mística, traduzem – Alma do Fogo Subterrâneo, Senhor do Raio Oculto, Senhor do Raio etc.
Ora, “essas coisas” não são pura MITOLOGIA AFRICANA; TEM SEU VALOR COSMOGÔNICO...
AGÔ, então, TRÊS VEZES, para terminar nestes dois exemplos dizendo que, Gregos e Troianos podem ser donos de “quantas espécies” de umbandas queiram, fabricadas à “sua moda” que esse pequenino “eu” não tem nada a ver com “isso”; mas não digam nunca, POR FAVOR, que essas traduzem a UMBANDA VERDADEIRA...
Porque existem Médiuns e chefes de Tendas que sabem distinguir Orixás, Guias e Protetores em suas Linhas ou Vibrações certas...
E jamais mudariam por livre “inspiração”, um Caboclo (4) Quatro Luas, que conforme o número e a palavra que o qualifica traduz, ali pelas três horas, 4, número par, gerado e gerador; LUA, Planeta dito feminino porque é o da gestação, fecundação, corresponde à Vibração de YEMANJÁ – A DIVINA MÃE NA UMBANDA, por analogia, o Eterno Feminino, a Mãe Sofia dos Teosofistas etc.
E Pai André, Pai Joaquim, Pai José, Vovôs e Vovós, todos altamente evoluídos que VELANDO suas “vestimentas karmanicas”, cumprem Missão, usando uma das “TRÊS FORMAS” ordenadas na Lei, como seja, a dos Pretos Velhos que assim o fazem debaixo de sua própria de YORIMÁ... para a já citada Vibração de Xangô; porque demonstrariam assim uma total ausência de “conhecimento de base”.
E nunca em tempo algum, até nos ditos “meios africanistas, se ouve afirmar que um “preto velho” fosse chefe de uma Falange de “Caboclos” de outra vibração, tendo, portanto, sus próprias chefias...
E jamais oh! mestres, tornem a falar dessa SENHORA DA LUZ VELADA – UMBANDA DE TODOS NÓS, sem pedirem AGÔ, TRÊS VEZES, para que um “véu de vossas mentes” seja afastado e assim possam VÊ-LA, em seus VERDADEIROS PRINCIPIO
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