segunda-feira, 4 de abril de 2016

A Terra do Mexerico.

                               
A TERRA DO MEXERICO

Você já ouviu falar da “Terra do Mexerico”?
Fica junto da baía da felicidade, onde as “Senhoras Beatas e os Senhores Fanatizados”, sempre muito ocupados com suas aparências  costumavam ir todos os dias. A “Terra dos Mexerico” não fica longe para quem tem a disposição de ir para lá ou gostaria, por tendência natural de sua passagem e atmosfera. O modo de alcança-la mais depressa é através do veículo da “ociosidade”. O caminho mais curto é o da “invigilância” e, é mais congestionado pelo trânsito, com os seus companheiros de viagem, pois é muito comum gente rolar e ir parar no fundo da “baía da mentira” em cujos alcantis tortuosos passa o caminho. No trajeto você verá que muitas pessoas irão preferir descer na pequena estação de “não quero me reformar intimamente”. Outros ficarão na plataforma dos “vícios cristalizados”. Antes de chegar ao fim da viagem, já bem perto da “terra do mexerico”, você verá que muita gente vai descer no estacionamento da “ira” e um pouco mais adiante do ‘ódio”.
Já na “Terra do Mexerico” você verá a rua principal, a “ouvi dizer...” ou uma outra paralela, a “dizem por ai...” Ambas vão dar ao largo principal “vou lhe contar um segredo, mas fica entre nós”. Um pouco para frente há uma praça menor, com um poço profundo “conto-lhe porque sei que você merece confiança”. Para alcançar a “baía da falsidade” tome a rua “não conte nada” ou a “não é por mal mas...” A administração da cidade fica no largo do “eu não vi, mas me contaram e garantiram...” Ali, você verá a estátua erguida às “conversas nocivas” e os detalhes da obra lhe serão explicados por um guia especial, o senhor “olhar suspeito”. Há também outros logradouros “não é que me interesse, mas...”, a ponte da “difamação”, o jardim do “quem diria...”, e do “bem que andava desconfiado...”. Foi num desses logradouros que morreu o “bom nome” e a boa “reputação” de várias pessoas.  Repare bem a estátua da praça das “conversas maléficas”, ela tem nas mãos a flecha mortal do “ciúme” e o cordão do “orgulho ferido”, e aos ombros a pesada chave do “personalismo”. Você não precisará se preocupar com a “paz”, pois ela não quis ficar um único instante ma cidade. Em compensação, você poderá ter infindáveis conversas com a “perturbação”, a “tristeza”, o “golpe certeiro”, que estão sempre a disposição das pessoas. E se quiser visitar a “senhora lamentação” e a senhora vaidade”, cujas casas estão abertas dia e noite. Elas não se preocuparão em saber se a sua versão das coisas é verdadeira ou não. Preciso dizer-lhe que a estrada que leva a cidade é perigosa e como não tem retorno, você se quiser voltar, terá que tomar a carruagem do “remorso”, cansativa, incômoda por vezes até dolorosa, mas que é a única que poderá oferecer-lhe a oportunidade de se libertar do passado e ganhar de novo o auto respeito.      
Pense bem se resolver fazer a viagem. No fim as pessoas costumam cair em incontido pranto e o resultado danoso do seu trabalho implica em danos que por vezes é difícil de consertar. E isso é fatal.  Por isso, pense bem antes de fazer a viagem.     
Orai, vigiai, escoimai e denunciai em todos os sentidos.
Falem bem, falem mal, mas falem de nós.
Nosso lema foi, é e sempre será: "Vão-se os cascalhos...ficam os DIAMANTES!!!". 
Somos o que há, para alegria de muitos e inveja, desvio e desespero de poucos...bem poucos...
Aceita que doí menos...ADORO!!!


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