segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Ordens e Direitos de Trabalho!!!




Todo terreiro, templo, casa de oração possui as famosas e polêmicas Ordens e de Direitos de Trabalho, seja elas passadas de Pai para filho ou recebidas pelo astral superior através da Lei de Pemba Sagrada dessa Umbanda de Todos Nós. Cada terreiro tem sua Lei, sua ordem, sua força e seu axé e umbandista de Fato e de Direito tem a obrigação de respeitar, pois ser responsável por tal missão não é pra qualquer um e Umbanda não é pra quem quer e sim pra quem pode. Tal dirigente antes de encarnar recebeu outorga, sinais e registros para desempenhar a missão. Tudo é uma questão de ver, sentir e vivenciar a força, o axé e o erô. Já dizia o caboclo Sr. das 7 Espadas:  Assim como há numerosíssimos graus de entendimento ou alcançe espiritual em nossos milhares de terreiros, há também, para cada um deles, um Culto ou Ritual que mais lhe fale à Alma! ”Respeito é bom e a gente gosta, pois dar-se o respeito para ser respeitado e se ataca, denigre, difama é tudo menos umbandista. Simples assim.
Dentro dos terreiros de Umbanda existe organização e disciplina, além de todo um sistema que objetiva manter esta organização, alguns terreiros, dependendo do tamanho dividem-se em parte administrativa e espiritual.
Estaremos falando  agora a respeito dos cargos dentro da hierarquia espiritual mais comumente encontrados nos Terreiros de Umbanda: 
Mestre de Iniciação, Sacerdotisa de Iniciação (Babalorixá/Ialorixá):
É o dirigente do terreiro (Mestre de Iniciação/Babalorixá se for homem e Sacerdotisa de Iniciação/Ialorixá se for mulher). No caso da mulher sempre haverá um Homem/Varão a comandar os axés em que a mulher não pode proceder, pois a posição da mulher na Umbanda é auxiliar e jamais chefiar.
Esta figura é a responsável espiritual por tudo que acontecer dentro da gira (antes, durante e depois). Tanto o Mestre de Iniciação/Babalorixá quanto a Sacerdotisa de Iniciação/Ialorixá são também chamados de Pai de Santé e Mãe de Santé. Algumas pessoas falam pai de santo e mãe de santo, consideramos essa maneira incorreta, pois é na Lei do Santo que eles são Pai e Mãe.
Eles têm a função de cuidar e zelar da vida espiritual dos médiuns do terreiro, orientar e dirigir os trabalhos abertos e fechados a público. São os responsáveis por fazer cumprir as diretrizes estabelecidas pelo Astral, para o Terreiro.
Pai Pequeno e Mãe Pequena:
São os futuros Mestre de Iniciação ou sacerdotisa de Iniciação (Babalorixá/Ialorixá). São a segunda pessoa dentro de um Terreiro de Umbanda. Têm como função auxiliar o Mestre/Sacerdotisa de Iniciação (Babalorixá/Ialorixá) em todos os trabalhos. Outras funções específicas variam de terreiro para terreiro.
Médiuns de Trabalho:
São os médiuns que dão consulta, as suas entidades já riscaram ponto, deram nome, e passou por alguns preceitos (isto também varia de terreiro para terreiro) que os firmaram como médiuns. Alguns chamam de Médiuns prontos, outros de Médiuns batizados outros de Médiuns feitos. Essa nomenclatura também varia de acordo com a orientação do Mestre de Iniciação/Sacerdotiza de Iniciação (Babalorixá/Ialorixá), da raiz da Casa ou ainda de estado para estado.
Médiuns em Desenvolvimento:
São médiuns que como o nome já diz, estão em desenvolvimento. Dependendo do terreiro eles podem dar passes, já incorporam uma ou outra linha, mas ainda não dão consultas e as suas entidades ainda não deram nome ou não riscaram ponto. Estão sendo preparados para tornarem-se médiuns de trabalho.
Médiuns Iniciantes:
Também como o nome diz, são médiuns que ingressaram a pouco tempo no terreiro e ainda não incorporam. Cambono (homem) e Cambona (mulher). São os responsáveis por atender as entidades, no que diz respeito a acender charutos, velas, cachimbos, esclarecer a assistência o que a entidade está querendo dizer, coordenar a entrada da assistência para consulta ou passe. É a pessoa responsável por distribuir as fichas de atendimento (quando o caso) e coordenar a entrada da assistência. Muitas vezes, dependendo do tamanho do terreiro acumula função de cambonagem.
Deixemos bem claro que todas as funções são importantes dentro da organização de um Terreiro e nenhuma é melhor ou pior que a outra, o respeito e a disciplina deve sempre ser elementos básicos da convivência entre todos, deve-se tomar muito cuidado com a vaidade e a inveja, sentimentos que devem ser sempre repudiados por todo e qualquer umbandista.
A gira mediúnica é o auge  de uma reunião umbandista que é dividida em três momentos básicos a saber:
-abertura, momento que se evocam as forças e entidades espirituais e se invocam as bênçãos, proteções, pedidos e auxílios;
- a gira mediúnica, instante em que os médiuns incorporam as entidades espirituais para atendimento ao público;
-encerramento, ou seja, o término da reunião, em que se agradece a assistência das forças e entidades espirituais.
Os ritos e liturgias utilizadas nas reuniões do movimento umbandista, variam de terreiro para terreiro, assim, como também, pode se diferenciar a decisão de como se processa a gira mediúnica, que tipos de entidades se fará presente e como deverá se proceder o atendimento ao público.
Isso acontece, por que os terreiros são células religiosas que se adequam a coletividade que os rodeia, oferecendo dentro de um determinado padrão mínimo, os ritos, as liturgias, as manifestações espirituais que mais afinizem com os adeptos e o público que freqüenta determinada casa.
A Função da umbanda é isso, atender as necessidades espirituais essenciais do indivíduo, mesmo que este processo se inicie por resolver suas necessidades materiais básicas, permitindo um equilíbrio mínimo da sua existência.
Proporciona-se assim, condições estáveis a alma para realizar vôos evolutivos mais altos e abrir sua consciência a entendimentos mais profundos e finalmente se religar a Deus.
Através do que já falamos, podemos chegar a conclusão que o atendimento ao público é o objetivo primordial de todas as reuniões de um terreiro.
As pessoas que se encaminham a uma casa espiritual umbandista, possuem expectativas, estão ansiosas para encontrar a solução de seus problemas, desejam sair dali pelo menos reconfortadas, com esperança etc.
O público, portanto, deve ter um tratamento especial por parte dos dirigentes, dos organizadores e do corpo mediúnico da casa.
Tudo deve ser voltado para se fornecer um bom atendimento ao público presente.
Devem ser bem recebidos, encaminhados a um local apropriado para assistirem a reunião, informados de como se processará o andamento da mesma, como deve ser o seu comportamento durante os trabalhos, em qual momento e como devem se dirigir aos médiuns incorporados, se houver necessidade de se retirar antes da gira terminar como fazê-lo, devem também ser indicados a eles os banheiros, aonde beber água etc. É de bom tom, que o dirigente em algum instante na abertura, faça uma pequena e rápida preleção (palestra) trazendo para o público, informações, avisos, ensinamentos e doutrina.
Na gira mediúnica devem incorporar somente os médiuns que já tiverem mais experiência e estejam, como dizemos comumente, mais bem afirmados com suas entidades.
Desenvolvimento mediúnico deve ser uma reunião a parte e fechada ao público.
Após todos os médiuns incorporarem, os cambonos (pessoas que dão assistência as entidades espirituais e ajudam na organização durante a reunião) devem encaminhar o público para o atendimento.
O restante do corpo de adeptos, que não estiverem incorporados, devem sustentar a gira dos que estão em trabalhos mediúnicos através dos cânticos, de bons pensamentos e intenções.
É necessário, que se mantenha o bom nível vibratório, para que os trabalhos espirituais aconteçam em segurança e bem equilibrados. Todo o público deve ser atendido, sem exceção.
Uma reunião umbandista é algo bonito de se ver, os cânticos, as orações, as firmezas, os trabalhos e os instrumentos de axé, formando um conjunto harmonioso de sons, as guias, a decoração do ambiente, as imagens e símbolos do altar e mesmo a forma como se processa os ritos e liturgias enche os olhos e ouvidos de quem vem participar.
Visual e som somam-se a um sem número de detalhes para permitir a harmonização de todos os presentes, mas tudo isso não é um espetáculo, nem uma encenação para agradar o público.
Muitas casas umbandistas se ressentem pela existência de muito pouco ou quase nenhum público.
Geralmente são sempre as mesmas pessoas que se repetem em todas reuniões. Quando tem a casa lotada sempre é por ocasião de festas, comemorações e louvações especiais.
O terreiro já tem lá seus anos de existência, é um local bem decorado, limpo, asseado, de ambiente agradável e bastante arejado e iluminado.
Os adeptos presentes em grande número, com um fardamento impecável, guias no pescoço e todos os adereços e material de trabalho de suas entidades.
A reunião tem todo um processo organizado, bem estruturado, desde a abertura até o encerramento.
A hierarquia da casa é plenamente identificada, pais e mães pequenas, cambonos, auxiliares etc.,
Esta hierarquia, decorre da necessidade de equilibrio entre a liberdade e a autoridade, que geram a disciplina e as leis que regem essa disciplina e que podem ser mutáveis em função da época, da fase e da estrutura social da comunidade formada pelo terreiro.
Cada terreiro tem sua norma de bem-viver adaptada a expanção uniforme direcional, fazendo com que a disciplina seja consciênte, livre e com base na razão e na compreensão, toda disciplina aceita e reflete a afirmação da personalidade dos dirigentes.
Na umbanda, a hierarquia é direcional não como com detenção de poder, mas o objetivo do que foi, é e será.
O passado e a experiência adquirida. o presente é o trabalho, é a luta de cada dia para semear os frutos de amanhã.
O fruto será a colheita do que se plantou no presente, por coseguinte uma boa semelhada, dará uma boa colheita, se o presente estiver atento.
Precisamos, acima de tudo, entender esse estágio evolutivo e organizar cada vez mais a nossa Umbanda, a nossa religião, para que no Plano Astral ela possa ter uma função muito mais clara, porque, com a consciência, nossas entidades poderão trabalhar com muito mais satisfação, porque a consciência os levou a um plano de participação cósmica, inserindo-os no equilíbrio universal, no amar o próximo, no dar e receber.
Essa é a Lei do Equilíbrio, a Lei do Processo Evolutivo.
Precisamos respeitar os cultos e as formas de direcionar o pensamento ao Divino.
Não podemos transformar a nossa religião em um amontoados de lendas e mistificações, de metáforas e metafísica.
A nossa religião é simples,  é a religião da vida, e a religião do Divino em nós.
Fiquem em paz.
Saravá, meus irmãos de Fato e de Direito dessa iluminada, abençoada e magnânima Umbanda de Todos Nós.
Salve os ares de Ogum, o grande guerreiro cósmico pacificador.
Salve Saturno com seus 36 anos de Glórias, Bençãos e Graças.
Salve a verdadeira Raiz de Guiné!!!
Salve a verdadeira Umbanda!!!
Salve nossa Raiz sagrada!!!
Salve nosso Pai Yorimá!!!Pakasha!!!
Salve nossa Mãe Yemanjá!!! Haba!!!
Salve nosso Pai Xangô !!!Uarada!!!
Salve nosso Pai Yori!!! Zaiatza!!!
Salve nosso Pai Ogum!!! Eamaka!!!
Somos o que há para alegria, agradecimentos, lealdade e transparência de muitos e inveja, desacerto, desvio, desespero de poucos..bem poucos...
Vão-se os cascalhos...ficam os DIAMANTES!!!
Falem bem, falem mal, mas falem de nós...



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